Ex-governador disse que decidiu ser candidato para ajudar país sair da crise

Jackson Barreto deixou o comando do Governo de Sergipe em abril deste ano e anunciou a sua pré-candidatura ao Senado, e desde então vem trabalhando para fortalecer o grupo para as eleições majoritárias deste ano. O candidato do MDB faz parte da chapa encabeçada pelo governador Belivaldo Chagas (PSD), tendo Eliane Aquino (PT), candidata à vice-governadora e Rogério Carvalho (PT) disputa a outra vaga do Senado. O desejo de Jackson chegar ao Senado é antigo, ele anunciou a sua pré-candidatura em 2010 mas desistiu quando foi convidado para ser candidato a vice-governador da chapa de Marcelo Déda. Barreto acabou assumindo o lugar do governador em 2013, foi reeleito em 2014 e na época disse que não disputaria a nenhum outro cargo político. Neste ano surpreendeu os sergipanos com o anúncio da sua candidatura.

“As decisões não são imutáveis, principalmente, na política. Devemos sempre observar o contexto histórico que estamos inseridos. Em 2014, vivíamos outro momento no Brasil. Dilma Rousseff era presidente, a economia não passava pela recessão que vivemos, os direitos trabalhistas não tinham sido ameaçados, os programas sociais ocorriam em todo o País. Agora, não. Tivemos uma presidente destituída ilegalmente do poder e, desde então, vivemos uma crise sem precedentes em diversas áreas”, justifica.

Jackson disse que o convite do ex-presidente Lula foi muito importante para ele tomar a decisão de se candidatar. “Atendi a um pedido do companheiro Lula e estou candidato ao Senado. Porque Sergipe e o Brasil precisam de nomes combatentes para reconquistarmos tudo que nos foi tirado em dois anos de desgoverno. De 2014 para cá, programas e conquistas sociais importantes foram paralisados; voltamos a ter registro de fome no Brasil; voltamos a ter ocorrência de doenças supostamente erradicadas, como sarampo; a mortalidade infantil voltou a crescer, A inflação voltou. Não posso ir para casa diante de tudo que está acontecendo. Por me posicionar contra o impeachment de Dilma, Sergipe foi prejudicado covardemente pelo governo federal. Uma demonstração de política mesquinha de Temer”, explica.

Carreira
Jackson recorda a sua trajetória política e conta que a sua mãe foi a sua primeira referência. “Minha mãe, a professora Neuzice, foi uma mulher à frente de seu tempo, politizada, que sofreu perseguição política e não desistiu de seu ofício e de seus ideais. Aprendi em casa minha primeira lição de perseverança e de luta. Viemos morar em Aracaju e logo me envolvi na militância estudantil. Participei do Grêmio Clodomir Silva, do Colégio Atheneu. Fui presidente do Diretório Acadêmico Silvio Romero e fundador do Diretório Central dos Estudantes, ambos da UFS, coordenei sua primeira eleição em 1968. Enfrentei a Ditadura Militar como membro do velho Partido Comunista Brasileiro (PCB) e, em 1970, ingressei no MDB. A política faz parte da minha vida. Costumo dizer que dediquei os melhores anos da minha vida à luta política, pois fui combatente no período militar. Não me arrependo. Encaro como missão cívica. Estou candidato para continuar a trabalhar por Sergipe nesse momento tão difícil que estamos atravessando no País, o qual direitos e garantias trabalhistas sofrem ameaças diariamente”, orgulha-se.

Jackson Barreto foi vereador de Aracaju nos anos 70 e seguida deputado estadual. Depois foi deputado federal durante o processo de redemocratização do País. “Fui o primeiro prefeito eleito de Aracaju após o fim do período militar. Retornei à Câmara Federal em 2003, fui reeleito em 2006 e depois assumi o desafio de administrar o estado ao lado de Marcelo Déda, como seu vice, em 2010. Assumi interinamente o governo em 2013, com o falecimento precoce de Déda e fui reeleito governador em 2014”, detalha.

Cenário político
Questionado sobre o desempenho dos atuais senadores por Sergipe, Jackson Barreto desconversou. “Quem deve avaliar o trabalho deles é o povo. Não sou eu quem deve fazer essa análise. Os sergipanos conhecem a história de cada um deles. Não pensem que eleitor, que o povo não tem memória. Nas minhas caminhadas pela capital e interior, o que vejo são pessoas agradecidas pelo trabalho realizado pelo nosso governo e sabedoras de suas necessidades. Recebemos carinho e cobranças” garante.

“Não adianta esconder sobrenome, alianças, o sergipano sabe quem é quem e cada um de nós será avaliado pela sua história e por seu trabalho. Pela sua conduta na vida pública. Nossa gente sabe que grande parte dos problemas que atravessamos hoje vieram de decisões que o Congresso Nacional, a Câmara dos deputados e o Senado da República tomaram nos últimos tempos. E isso vai ser julgado pelo povo”, completa.

Jackson elogiou o trabalho de Belivaldo Chagas que está no comando do Governo há cinco meses e é candidato a reeleição. “Belivaldo tem experiência de gestor e vem mostrando eficiência à frente do Estado. Não tenho dúvidas que ele é o mais preparado na atual disputa. Temos uma relação de confiança e de parceria e acredito no projeto e na capacidade de trabalho de Belivaldo para o crescimento de Sergipe. Ele tem demonstrado capacidade de trabalho, esforço, compromisso e visão de futuro ao lidar com as questões de Sergipe. São prerrogativas essenciais a um bom governante”, finaliza.

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