O incêndio que atingiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, durante a noite do último domingo (2) foi controlado por volta das 3 horas da manhã desta segunda (3). Quase 8 horas depois do início do incêndio, os bombeiros continuam na Quinta da Boa Vista, onde o museu fica localizado, fazendo o trabalho de rescaldo e de combate a outros focos de fogo.
À Agência Brasil, o diretor de Preservação do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, João Carlos Nara, afirmou que o incêndio causa um “dano irreparável” ao acervo e às pesquisas nacionais.
“Infelizmente a reserva técnica, que esperávamos que seria preservada, também foi atingida. Teremos de esperar o fim do trabalho dos bombeiros para verificar realmente a dimensão de tudo”, afirmou o arquiteto e historiador.
O MUSEU
O Museu Nacional reunia um acervo de mais de 20 milhões de itens – o quinto maior acervo do mundo. Além de coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia e arqueologia, o museu abrigava a maior coleção de múmias egípcias das Américas.
No local, também estava Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado nas Américas, que remete a 12 mil anos, e representa uma jovem de 20 a 24 anos, e o esqueleto do Maxakalisaurus topai, maior dinossauro encontrado no Brasil.
O Museu Nacional foi criado por Dom João VI, em 1818, sendo a instituição científica mais antiga do país. O Palácio de São Cristóvão, que abrigava o museu, foi a residência das famílias real portuguesa e imperial brasileira e sede da primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891.
Com informações da Agência Brasil