O Museu Afro-Brasileiro de Sergipe, localizado em Laranjeiras e administrado pela Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), reabriu ao público no último dia 20 de novembro, como parte das comemorações do Dia da Consciência Negra. Após passar por manutenções, o espaço retomou as atividades e conta, além das peças do acervo, com exposições que destacam a história, a cultura e a religiosidade afro-brasileira.

No primeiro andar, a mostra ‘As religiões afro-brasileiras de Laranjeiras’ apresenta trajes, instrumentos e fotografias de líderes religiosos, como Pegi Nagô e as lôxas de nagô: Umbelina Araújo, Mariana de Lourdes Santos e Bárbara Cristina dos Santos. A exposição também traz elementos que identificam os orixás, como símbolos e indumentárias, além de informações sobre suas cores, saudações e domínios.

Outra novidade é a exposição ‘Um olhar sobre a performance da capoeira’, do artista Wécio Grilo. Utilizando técnicas mistas que combinam porcelana fria e outros materiais, as obras exploram os movimentos corporais da capoeira e a ligação com as histórias de resistência e resiliência da população negra. As telas são releituras de obras do artista Carybé.

Já a exposição ‘Aiyê Mi Terra Minha’, do artista visual sergipano Allan D’Xangô, reúne 10 peças que abordam a relação dos orixás com a terra. As obras exploram temas como religiosidade, ancestralidade africana e pertencimento, propondo uma reflexão sobre as conexões espirituais e históricas do povo negro com o território.

Para a Coordenadora dos Equipamentos Culturais da Funcap, Célia Carvalho, as mostras destacam a representatividade e valorizam o lugar de fala do povo negro. “O Museu não apenas preserva a história afro-laranjeirense por meio de seu acervo, mas também enaltece figuras que transcenderam as narrativas de desumanização e alcançaram grande reconhecimento, como Zizinha Guimarães, João Ribeiro e João Sapateiro”, afirma.

Sobre o museu

Inaugurado em 1976, o Museu Afro-Brasileiro de Sergipe está situado em um sobrado do século XIX que pertenceu à família Brandão, um edifício de grande relevância histórica. O espaço é dedicado a promover uma consciência ampla sobre a importância da preservação da memória ancestral e das lutas enfrentadas pelo povo afrodescendente em Sergipe e no Brasil, celebrando suas conquistas e reforçando o reconhecimento de sua contribuição para a formação da identidade nacional.

O Museu está aberto para visitação de terça a sexta-feira, das 8h às 12h. Visitas em grupo podem ser agendadas pelo WhatsApp (79) 99947-6884.

Fonte, Secom – Estado.

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