Lançamento ocorre nesta quinta-feira em Aracaju
17 munícipios de Sergipe vão receber o Sistema INER que está sendo lançado em todo o país através do Consórcio INER, o sistema é um tratamento integrado que promete reaproveitar 100% de todo o lixo. O lançamento em Sergipe será realizado a partir das 14h do dia 12 de julho no auditório da Faculdade Uninassau, aberto a profissionais e investidores interessados nesse negócio pioneiro.
O vice-presidente, Elton Bruno, explica como funciona o sistema INER. “O grupo desenvolveu um sistema de beneficiamento de 100% dos resíduos solos, então a partir desse sistema que é composto por centros de triagem e transbordo, de compostagem, que são as usinas que tem crematórios de animais de pequeno porte, incinerador, tratamento para resíduos hospitalar, menos restos da construção civil”, comenta
Sergipe têm posição de destaque nesse sistema produtivo devido a sua localização, tamanho, distância entre os municípios e características locais do lixo, que torna o plano de negócios para o estado um dos mais interessantes do Brasil. Com a criação de 1.700 empregos diretos no estado, investimentos de R$ 600 milhões o Grupo INER vai atuar em 17 municípios sergipanos através de 24 equipamentos industriais, 19 Sedes Sociais do Cidadão e 19 CooperINER.
Elton Bruno explica que além da geração de empregos o grupo INER irá proporcionar aos catadores ensino de qualificação. “Por consequência do reaproveitamento será possível acabar com crimes ambientais em torno dos lixões e ajudar as comunidades de vulnerabilidade social e econômica, dispostas a determinadas violentas. Ao transformar esses espaços de violência tanto ambiental quanto humana o sistema INER também pretende formalizar a categoria dos catadores, tira-los dessa situação tão insalubre, para que tenham uma formação adequada, consciência cidadã e dessa forma tenha sua dignidade”, conta.
Os municípios que serão contemplados são: Aracaju, Simão Dias, Lagarto, Boquim, Estância, São Cristóvão, Japaratuba, Propriá, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo, Aquidabã, Laranjeiras Itabaianinha, Tobias Barreto e Itabaiana.
O diferencial do grupo é a construção de um sistema integrado de beneficiamento de resíduos sólidos que vai reaproveitar 100% da matéria prima transformando lixo em dinheiro.
Grupo INER
O grupo INER visa implantar em todos os estados do país um sistema de gerenciamento de resíduos, com o objetivo de aproveitamento de 100% do lixo que hoje é jogado a céu aberto na maioria dos municípios brasileiros. O consorcio INER foi criado com base na Lei 12.305 publicada em 2010, trata de toda a destinação do lixo no Brasil, que não tem a destinação correta exigida pela lei como aterros sanitários que podem dar destino ao lixo mas não faz reciclagem, não geram emprego, geram apenas despesa para o município, enquanto a reciclagem em si proporcionada pelo equipamento poderá pagar as despesas da operação.
Composto por 5 equipamentos industriais, o Centro de Triagem e Transbordo (CTT), a Usina de Compostagem, o Incinerador de Resíduos Contaminantes, o Cremador de Animais e o Desmanchecar, o Sistema INER aplicará a lei 12.305/10.
O Plano Nacional de Resíduos Sólidos, sancionado em 2010, prevê que o lixo é riqueza e pertencente ao conjunto de cidadãos que o produziu, sendo assim, a lei supracitada determina que o lixo tenha um destino agregado com cidadania. Serão 24 equipamentos industriais, 19 prédios sociais e 19 cooperativas, atraindo cerca de 600 milhões de reais em investimentos e gerando perto de 2 mil empregos diretos e de qualidade, com rendimentos de R$ 2 mil a R$ 20 mil. O grupo conta ainda com o projeto Ecologicamente Correto ‘Socialmente Integrado’, Economicamente Viável.
Consórcio INER
O Consórcio INER é dividido em 4 equipamentos industriais: CTT, Compostagem, Crematório de Animais e Incinerador de Animais.
CTT – recebe todo o lixo da cidade tria e envia para as indústrias, parceiras do consórcio. Essas empresas têm uma parceria fechada com o grupo INER para comprar todo esse material reciclado entregue nos CTTS pelo sistema de coleta da prefeitura.
Compostagem – local para onde irá o lixo orgânico que será transformado em briquetes de carvão, corretores de solo, matéria prima para adubo orgânico.
Crematório de Animais – equipamento responsável pela cremação de animais mortos. A prefeitura de cada cidade ficará responsável por fazer o transporte até a unidade instalada na Grande Aracaju. Incinerador de Produtos Hospitalares – responsável a dar destino a todos os resíduos hospitalares.
Benefícios
O sistema vai trazer para Sergipe benefícios sociais. Cada equipamento, instalado nas cidades selecionadas deverá manter o custo de implantação e funcionamento de um prédio social que irá atender até a 200 pessoas por dia com atendimentos de acordo com as necessidades da população. Serão advogados, psicólogos psiquiatras, além disso, as pessoas que têm preferência pelas vagas de empregos nos CTTS (em torno de 20 vagas diretas), serão os catadores que serão treinados capacitados e terão suas carteiras de trabalho assinadas de acordo com a CLT. Os catadores que estejam com dependências químicas, vícios e/ou distúrbios que impossibilitem os mesmos de serem capacitados para as novas vagas de emprego serão assistidos e encaminhados para centros de reabilitação.
Os empregos gerados nos municípios não serão limitados aos CTTS. O projeto contempla, a implantação de cursos de movelaria, aproveitamento de móveis recicláveis, aproveitamento de madeira de construção, para a confecção de novos móveis, através de uma cooperativa que fornecera os cursos, e encaminhará os recém formados ao mercado de trabalho da melhor maneira possível. Cada cooperativa implantará uma loja para escoamento de produção gerando mais empregos, introduzindo e reinserindo pessoas das classes menos favorecidas no mercado de trabalho.
Cada CTT tem capacidade para processar entre 100 e 200 toneladas de lixo por dia, o que varia de acordo com cada cidade sendo distribuídos nos centros de triagem de algumas cidade para atender cidades vizinhas. Aracaju receberá três equipamentos com capacidade para 200 toneladas por dia. As demais cidades receberão um para atender a demanda.
Recursos
O sistema não conta com nenhuma verba estatal, municipal ou federal, será feito através investimento privado. O empresário ficará obrigado a manter todo o regime de contribuição com o fator social enquanto o equipamento funcionar (não terá prazo visto que a produção de lixo só aumentara com o crescimento demográfico).
Em Sergipe há um projeto elaborado para a construção de 28 aterros que custarão aos cofres públicos um valor aproximado de R$ 1 bilhão, enquanto o sistema INER não custará nada e trará aos empresários um lucro com o mesmo valor aproximado em um prazo de 10 anos, o que consequentemente refletira em impostos as prefeituras o investimento para todo o equipamento no estado (total de 23 equipamentos) é de aproximadamente R$ 500 milhões e funcionará em conjunto. Todo o consórcio deverá iniciar o funcionamento ao mesmo tempo para que o processo por completo.