Empresários podem investir em fazer ‘Lives’ para faturar

De acordo com projeção da consultoria eMarketer, o Brasil é o número um da América Latina e o quarto do mundo em uso de redes sociais, com estimativa de 100,6 milhões de usuários este ano. Sejam influenciadores iniciantes, celebridades ou empresas, todos estão buscando cada vez mais cativar uma grande audiência. Nessa onda, e principalmente após algumas mudanças no algoritmo do Facebook, tem crescido o consumo de vídeos via Live, transmitidos ao vivo. Mas quando a Live deve ser o formato escolhido para sua estratégia de comunicação?

Como e quando fazer uma transmissão ao vivo? O CINFORM convidou o especialista no assunto, Newman Costa, diretor de Audiovisual da Uzumaki Comunicação, para dar dicas de como utilizar a ferramenta de forma correta e faturar.

Orientações
Veja três vantagens para investir neste recurso que cativa ainda mais o público número um em redes sociais da América Latina. “A rigor, qualquer celular pode ser usado para fazer uma transmissão ao vivo, mas alguns conteúdos precisam de uma estrutura mais arrojada, com equipamentos que permitam cortes entre as câmeras, inserção de slides, vinhetas e outros elementos gráficos. Essa opção está sendo adotada como estratégia de comunicação e marketing para dar mais visibilidade a empresas, negócios e projetos”, orienta.

“Câmeras de vídeo, placas de captura, mesa de corte, microfones, mesa de som, monitor multiview, switcher e uma boa conexão com a internet, garantem a qualidade do formato. Caso empresas e influenciadores tenham interesse, mas não disponham de tais equipamentos, hoje já existem produtoras especializadas que fornecem todo o aparato e apoio técnico para as transmissões”, alerta Newman.

O uso desse formato é recomendado para conteúdos especiais, como lançamentos de produtos ou serviços, entrevistas e ações integradas com marcas. “O que nem todos sabem é que também é preciso conhecer as particularidades das plataformas para o sucesso da transmissão. Um exemplo são as músicas reproduzidas durante a Live. O Facebook e o YouTube identificam se você não for detentor nem tiver adquirido licença para usar aquela trilha e, por consequência, seu vídeo pode ficar mudo ou, pior, ser retirado ao ar”, destaca.

Interatividade
Os vídeos transmitidos via Facebook, YouTube e Instagram possibilitam o compartilhamento de informações de forma imediata, interativa e ao final ainda geram dados da audiência de modo segmentado em detalhes, fornecendo informações para conhecer melhor o público.

“Investir em uma transmissão profissional respaldada por uma equipe que trabalha com as plataformas, aumenta a qualidade da transmissão e favorece a adesão de uma audiência qualificada de acordo com os seus objetivos”, explica o especialista.

Confira três vantagens que mostram o quanto vale a pena investir nesta ferramenta para ganhar visibilidade nas redes sociais.
Imediatismo – Lives não precisam ser o formato padrão da sua estratégia de comunicação. É importante compreender quando se deve investir nesse tipo de conteúdo. O imediatismo da pauta é um termômetro para começar. Verifique se seu conteúdo irá se beneficiar de ser publicado o quanto antes. Um lançamento de produto ou a análise de um jogo recém-lançado, nesse sentido, são temas muito adequados para Lives.

Interação – Por mais que a internet permita interação com o público, a experiência da Live é única. É muito diferente receber e responder comentários na sua página ou canal e poder ter essa conversa em tempo real. Quem transmite pode fazer enquetes, perguntar qual direção a programação vai seguir, o espectador participa tirando dúvidas, sugerindo pautas e dando feedback até mesmo sobre a qualidade da transmissão. Empresas especializadas monitoram e fazem a moderação de toda a comunicação para promover um ambiente adequado aos objetivos de quem transmite. Aproveite o momento para entender as demandas da sua audiência e atendê-la com rapidez.

Vínculo – O público que se dispõe a assistir a uma transmissão ao vivo em geral é mais engajado que o espectador do vídeo já publicado e, consequentemente, tem um interesse maior pelo conteúdo ou influenciador. As plataformas fornecem no final de cada transmissão dados valiosos sobre essa audiência. Retenção de público, demografia, interação e outras informações podem indicar o perfil da fatia mais fiel da sua audiência. Vale a pena estudá-la para aprimorar sua estratégia.

Formato
Newman Costa explica que a duração média da Live depende dos objetivos de cada um. “Depende do que será comunicado e qual a expectativa quanto a resultados. Transmissões que visam a interação com a audiência, como um debate, por exemplo, costumam ter uma duração média maior que um bloco de notícias, em que o foco da transmissão é o imediatismo. O importante é conhecer a audiência e estar atento ao engajamento para não durar demais e nem de menos”.

“Qualquer pessoa com um dispositivo móvel, acesso à internet e com aplicativos que oferecem suporte pode fazer uma transmissão ao vivo. Porém ficará restrita às limitações da câmera e microfone do celular ou notebook. Isso pode funcionar para um conteúdo pessoal e informal, mas se a exigência for por uma linguagem mais profissional é essencial o suporte de produtoras especializadas”, garante.

Antes de iniciar uma Live é essencial pautar os tópicos que serão abordados e ter uma estimativa de duração. “Um erro comum é o papo se perder, o engajamento despencar e o transmissor ficar lá, falando sozinho. Também, é importante pontuar que na internet de hoje em dia, infestada de fake news, comunicar com credibilidade infelizmente se tornou uma virtude rara. Então, apuração, pesquisa, consulta de especialistas e checagem de dados são essenciais para ganhar credibilidade tanto numa Live, como em qualquer plataforma de comunicação. A particularidade é que no ao vivo não dá para corrigir na edição. Falou, está falado”.

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