A partir de 2024, o estado de Sergipe passa a ser reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação, resultado de um trabalho estratégico conjunto entre a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e produtores rurais.

O anúncio ocorreu durante o 3º Fórum Nacional do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA), ocorrido na última sexta-feira, 8, de forma virtual. A última campanha de vacinação contra a doença deve acontecer no mês de abril de 2024, marcando o fim de 23 anos de reconhecimento como área livre de febre aftosa com vacinação.

O secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, avalia que a conquista desse status representa o culminar de esforços árduos de produtores e equipes técnicas. “A Emdagro, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária, além dos produtores rurais, realizam um trabalho incansável para atender às 42 metas do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa e as 29 metas do Programa de Avaliação e Aperfeiçoamento da Qualidade dos Serviços Veterinários”, pontuou.

Para o Governo do Estado, o caminho para esse reconhecimento demandou a reestruturação do serviço de Defesa Sanitária Animal da Emdagro, envolvendo a aquisição de veículos, georreferenciamento em 90% das propriedades rurais, atualização do Sistema de Integração Agropecuária (SIAPEC3), realização de concurso público, treinamento da equipe para atendimento à suspeita de febre aftosa, estruturação e montagem de laboratório de triagem, aquisição de equipamentos e obtenção de índices acima de 90% nas campanhas de vacinação contra febre aftosa.

O diretor presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, destacou a importância dessas ações para a obtenção do reconhecimento. “Foi um desafio gigantesco, mas com comprometimento e cooperação, conseguimos atender a todas as metas estabelecidas. A mudança de status é um marco não apenas para Sergipe, mas para todo o setor agropecuário do estado”, ressaltou.

Impactos Econômicos

Com o reconhecimento, a Emdagro agora se prepara para realizar estudos soroepidemiológicos em março de 2024, fortalecer e manter o serviço veterinário, intensificar a vigilância nas propriedades rurais, promover eventos agropecuários e fiscalização nas fronteiras. “A partir de 1° de maio de 2024, não será permitido o ingresso de animais de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí na fronteira com Sergipe”, indicou a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.

Esse avanço representa uma economia substancial para os criadores, que não precisarão mais adquirir vacinas e toda a logística da vacinação. Além disso, eles poderão comercializar seu rebanho nacionalmente, sem restrições, abrindo portas para benefícios econômicos e fortalecendo o setor agropecuário de Sergipe.

Fonte, Secom – Estado

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