À vítima de mordedura, arranhadura e lambedura por mamífero doméstico ou silvestre, a Prefeitura de Aracaju orienta procurar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou nos Hospitais Municipais Fernando Franco ou Nestor Piva. Para isso, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) assegura a vacinação contra a raiva em seres humanos durante todo o ano.
A raiva é uma doença caracterizada por sintomas neurológicos em animais e seres humanos. O vírus multiplica-se no local da lesão e migra para o sistema nervoso e a partir daí para diferentes órgãos, principalmente para as glândulas salivares, sendo eliminado pela saliva.
“A doença mata e a principal arma na batalha contra esse vírus letal é a prevenção. O vírus da raiva fica presente na saliva de animais infectados e é transmitido principalmente por meio de mordeduras e, eventualmente, pela arranhadura e lambedura de mucosas ou pele lesionada. Mesmo que o animal seja vacinado, é necessário lavar imediatamente o ferimento com água e sabão em barra e, em seguida, procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima à sua residência”, explica a área técnica da SMS, Fabiana Fonseca.
Fluxograma de atendimento
De acordo com a técnica, ao chegar à unidade, é feita uma avaliação médica, pelos profissionais que vão preencher a ficha de notificação de atendimento antirrábico humano e inserir os dados do Sistema de Informação de Agravo de Notificação/Vigilância de Violências e Acidentes (Sinanet), do Ministério da Saúde (MS).
“Se o cão for doméstico, vacinado, e a ferida no corpo do ser humano for leve e superficial, a recomendação é lavar o ferimento com água e sabão e manter o animal em observação por dez dias. Se, ao final deste período o animal permanecer vivo e saudável, deve ser suspensa a observação, encerrado o caso e a pessoa atingida não precisará tomar a vacina. No entanto, se o animal, durante esses dez dias de observação, morrer ou tornar-se raivoso, a pessoa precisará voltar à unidade ou aos hospitais municipais, para que seja iniciada toda a profilaxia necessária”, orienta a área técnica.
Ainda segundo Fabiana, se o animal for desconhecido ou silvestre, é iniciado automaticamente o esquema de profilaxia antirrábica humana nas UBSs ou nos hospitais municipais. E se houver necessidade de administração de soro antirrábico, quando ocorre um ferimento nas extremidades das mãos e pés, ou em ferimentos graves na região da face e cabeça, o paciente, se não estiver no hospital, deverá ser encaminhado para a Rede de Urgência e Emergência. Pacientes com estas lesões também devem ser avaliados se necessitam da vacina antitetânica.
Vacinação antitetânica e antirrábica
De acordo com a coordenadora de Imunização da SMS, Larissa Ribeiro, a vacinação antitetânica não está associada à mordedura de cães e gatos, porém o profissional de saúde precisa avaliar o cartão de vacina do paciente, para verificar se este precisa iniciar ou apenas completar o esquema vacinal.
“A antitetânica tanto é ofertada na UBS quanto nos hospitais, sendo aplicada em três doses, com 0, 2 e 6 meses de idade. Se o paciente já tomou as três doses, elas têm validade de dez anos; caso necessário, ele pode tomar a dose de reforço. Já a vacina antirrábica é realizada com quatro doses, e o esquema vacinal deve ser realizado nas UBSs, de segunda a sexta-feira, conforme intervalo orientado durante o atendimento da unidade, que também poderá fazer o curativo no ferimento, caso seja necessário. No entanto, caso o aprazamento de alguma dose seja fora do horário de funcionamento das Unidades durante a semana, poderá ser administrada das 19h30 às 22h nos Hospitais Nestor Piva e Fernando Franco. Já no final de semana ou feriado, a vacina pode ser administrada nos hospitais com atendimento 24 horas”, orienta Larissa.
Fonte: PMA