O carnaval chegou e muitos foliões e pela praticidade optam em comprar bebidas e comidas em barracas que ficam nas proximidades dos eventos, mas o risco de contrair algum tipo de infecção com uma comida estragada é alto. Como aconteceu com a estudante Erica Leite terminou um carnaval de uma forma não muito agradável, com uma infecção intestinal causada pelo gelo utilizado nas bebidas.

“Estava com um grupo de amigos no carnaval de salvador. Compramos bebidas, e como os refrigerantes estavam quentes, e queríamos fazer uma mistura com uma bebida alcoólica, pedimos gelo nos locais em que o pessoal vendia bebida. Porém, no outro dia, todos do grupo com quem fui, cerca de 8 pessoas, sem exceção, estavam com infecção intestinal”, contou.

O médico infectologista, Marco Aurelio, comenta que várias doenças transmissíveis podem ocorrer no carnaval e em festas com grandes aglomerados, como vírus, as DST’s e além disso essas festas costumam elevar a outros tipos de infecções ligadas ao consumo de alimentos e bebidas em festas.

“Os alimentos mesmo que estejam prontos e que serão requentados nessas áreas. O que normalmente não acontecem, já que muitos alimentos são feitos ali mesmo. Ocasionando um grande problema que é a contaminação bacteriana, o alimento é um meio de cultura muito rico para bactéria”, comentou Marco.

A contaminação se dá devido a manipulação incorreta. “As pessoas estão ali acabam mexendo com dinheiro, pegando na mão, vão ao sanitário que muitas vezes é público e sem condições de higiene acabam manipulando o alimento”, explicou.

O médico infectologista comenta que essas bactérias podem causar desde algo mais simples como náuseas e vômitos até a quadros diarreicos. Marco Aurélio ainda comenta que doenças como a salmonela, tipo de infecção intestinal grave é comum. Outro alerta é para as latinhas, que se não lavadas, podem ser contaminadas com urina de animais e até humana podendo ocasionar uma leptospirose.

Como se proteger

O médico infectologista Marco Aurelio comenta que é importante que o folião preste atenção nos ambientes em que estão sendo produzidos os alimentos. O gelo utilizado para o resfriamento de bebida deve ser separado do que é guardado o refrigerante.

“Sempre preferir alimentos cozidos, evitar utilizar maioneses e ketchups não descartáveis. A maionese, por exemplo, é um alimento muito suscetível a infecção”, comentou.

A vigilância faz um alerta

A Vigilância Sanitária do Estado capacita e atua suplementarmente quando acionada por algum dos 75 municípios que possuem serviços de vigilância sanitária.

“Nós reforçamos a necessidade de as vigilâncias municipais atuarem nesse período, como foco no comércio de alimentos, especialmente a água para consumo e conservação, além do gelo, que só deve ser fornecido por empresas licenciadas. E sempre observar as boas práticas de higiene, inclusive o ambiente do local, ambulantes, restaurante, bares, lanchonetes. O gelo para conservação não pode ser o mesmo para preparo de bebidas” comentou o Coordenador da Vigilância Estadual, Pádua Pombo.

Aracaju

A coordenadora da Vigilância Municipal de Aracaju, Graça Barros, destacou que qualquer ambulante que irá participar do rasgadinho teve que apresentar para o cadastro o curso de boas práticas em alimentos e bebidas. No rasgadinho a vigilância de Aracaju estará inspecionando as barracas em todos os dias de festa.

Pirambu

O coordenador da Vigilância Municipal de Pirambu, Leandro Góis, informou que durante o carnaval um stand será montado na cidade com a parte educativa e será realizada a fiscalização nos estabelecimentos durante todos os dias de carnaval.

 

Neopolis

A coordenadora da Vigilância Municipal de Neópolis, Deise Julião, informou que durante o carnaval equipes do órgão atuaram na fiscalização do gelo e na validade e qualidade das bebidas e alimentos com relação a manipulação e a exposição dos alimentos na hora da venda.

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