por Marcelo Iglesias
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Depois de episódios de enredos decepcionantes, campanhas diminutas e foco nas partidas on-line, “Call of Duty” volta às suas origens em “WWII”. O título que retrata a ofensiva dos Aliados contra a máquina de guerra nazista na Segunda Guerra Mundial, mas precisamente a partir do Dia D, em 6 de junho de 1944. Não é a primeira vez que a histórica batalha na praia de Omaha é retratada num game. Em 2002, a Electronic Arts publicou o excelente “Medal of Honor: Allied Assault” que retratava a missão quase suicida no litoral francês. A franquia da Activision também já reproduziu o Dia D em “Call of Duty 2”, publicado em 2005.

Apesar da história ser conhecida, o nível de imerção consegue ser mais intenso que no título veterano da concorrente. O desembarque das barcas sob a artilharia alemã é algo dramático. E não é puro “cutscene”: o jogador precisa abrir caminho até as trincheiras alemãs. São poucos metros de areia a ser vencido, mas que fatalmente consumirão incontáveis tentativas.

Esse início de jogo agressivo dá a tônica de como será o restante da campanha, que dependendo do nível de dificuldade, torna o título extremamente desafiador. E por falar em campanha a Sledgehammer fez um excelente trabalho e desenhou um game longo, cheio de fases, ao contrário das edições anteiores da série que podiam ser finalizadas num sábado inspirado.Cada missão, em média, leva 40 minutos para ser finalizada. Afinal, é preciso avançar de forma cautelosa, mesmo que muitas vezes o jogador precise sair em disparada em busca de abrigo.

A história coloca o jogador na pele do soldado Daniels. Trata-se de um típico patriota amaricano. Texano, loiro, determinado e extremamante companheiro, o soldado difere dos demais companheiros de front, repletos de defeitos morais. Durante o game, os personagens debulham seus medos e sonhos. E a relação entre eles ajuda a fortalecer a carga dramática durante o desenrolar da história.

 

Visual
Call of Duty: WWII” oferece gráficos de ótima qualidade, mas nas edições para PS4 e Xbox One há deficiência de textura na pele das mãos, nas mangas das camisas. Nuances que são visíveis nas edições dos consoels em 4K e em computadores mais parrudos. Mesmo assim, as edições mais antigas dos consoles contam com excelente visual, apesar de alguns leves bugs.

A sonoplastia também é primorosa e segue o mesmo padrão de qualidade dos demais games da franquia. Totalmente em Português, as dublagens bem feitas e o sincronismo é perfeito. No entanto soam um tanto artificiais, como se os dubladores não absorvessem a tensão do jogo.

Graficamente o game é irretocável e conta com excelente jogabilidade

 

Jogabilidade
Outro ponto que merece atenção é a jogabilidade. O retorno da série também resgatou um elemento que andava esquecido: a barra de saúde. Durante muito tempo, “Call of Duty” recorria ao recurso da recuperação automática, em que bastava ficar alguns segundos escondidos para que as dores fossem curadas. Agora o game devolve a barra que se esgota com um único disparo, dependendo do calibre da arma.

Diante disso, além de buscar munição e armas, é preciso também ficar atento aos kits médicos. Daniels conta com bons amigos que lhe servem de medicamentos e munição extra durante os combates, mas é preciso esperar a barra de status dos atributos se renovarem.

Trata-se de um game extremamente tático. Não adianta sair correndo como o Rambo atirando em tudo que vê. O game exige sempre que o jogador se proteja e avance de forma cuidadosa, ainda mais que a barra de saúde não se renova. Daí, acontece muitas vezes de se deparar com uma situação de quase morte, sem kits médicos, sem companheiros por perto e sem munição. E o pior, quase sempre entrincheirado diante de um grupo de nazistas que não estão felizes com a bagunça que você fez.

Modo “Zombie” que se tornou tradicional na franquia está de volta em “WWII”

Multiplayer
Como não poderia deixar de ser, o game conta com um modo multiplayer eficiente, que segue ao padrão establecido pela Activision. Com boa oferta de mapas e recursos, os combates ganham graça pela limitação tecnológica da época em que a história acontece. Assim como em “Battlefield 1”, o êxito se dá pela capacidade do jogador buscar abrigo e ser preciso nos disparos, sem aqueles recursos futuristas de Infinite Warfare que tiravam um pouco do brilho das partidas. O game também conta com o modo Zombie, que continua sendo muito divertido. A ciência ainda vai explicar essa tara que as pessoas têm por comedores de cérebros!

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