Game da Polyphony evoluiu em alguns aspectos, mas involuiu em outros

Há 20 anos, “Gran Turismo” surgiu como o game que preenchia o hiato entre os games de corrida “arcade” e simuladores de computador. De lá para cá, a franquia teve outros cinco títulos, que atravessaram as gerações PS2 e PS3. A estreia no PS4 aconteceu há menos de um mês com “Gran Turismo Sport”, sétimo jogo da série criada pelo designer e piloto Kazunori Yamauchi, que surge como um dos games de corridas mais bonitos da atualidade, beirando o realismo.

GT Sport” era uma grande promessa, mas o resultado ficou aquém do esperado. A série sempre foi famosa por sua imensa garagem, que chegou a 1.200 unidades em “Gran Turismo 6”. Agora são apenas 168 automóveis, todos de alto desempenho, sejam de competição ou esportivos.

Com apenas 168 carro, “GT Sport” tem a menor garagem desde o game de estreia

Mas o que incomodou boa parte dos jogadores é que a estrutura do jogo foi totalmente desconstruída. A série tinha sistema de progressão que demandava que o jogador começasse a carreira com o mínimo de recursos. Comprava um carro usado, apostava pequenas corridas e utilizava os créditos para investir em melhorias. Além disso, avançava nas competições de acordo com o nível de habilitação. Isso mesmo, em “Gran Turismo” sempre foi preciso passar por exames de direção para graduar em categorias mais avançadas.

Em “GT Sport” tudo isso desaparece. O game deixa de apostar na relação entre jogador e máquina para se tornar um game com foco total no e-Sport. Ou seja, oferece recursos para os jogadores e cada “piloto” que os use para ajustar a melhor maneira para ser mais competitivo na pista.

Basicamente, o game é composto por corridas disponibilizadas por uma central de provas. O jogador pode se inscrever para disputar as partidas, mas elas têm hora marcada para acontecer. É um tanto enfadonho ter que esperar alguns minutos e até horas para poder correr.

Jogabilidade evoluiu, mas está longe de ser um simulador nato

À medida que o jogador participa das corridas, recebe créditos para comprar novos carros. No entanto, não é preciso mais investir em peças. O jogador pode fazer os ajustes da forma que quiser. Por outro lado, a ferramenta de modificação visual ficou mais refinada. É possível aplicar adesivos, adquirir rodas e componentes estéticos para deixar o carro mais invocado. Já a condução dos carros ficou mais realista, mas ainda não oferece a física de um simulador. O jogador pode habilitar assistentes de direção, freio, controles de tração e estabilidade para tornar a pilotagem mais fácil.

Diante da repercussão negativa, a Polyphony anunciou que irá lançar uma atualização em dezembro que oferecerá um modo “carreira solo”, com competição e que não restringe a apenas as provas de habilitação e demais tarefas aprendizagem.

No fim das contas, o “Gran Turismo” de 2017 deu uma banana para o modelo que criou há 20 anos. E ficou mais burocrático e mais chato.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

  • Furto de energia no país gerou custo de R$ 10,3 bilhões em 2024

    O furto de energia, conhecido como perdas não técnicas de [...]

  • Centro Cultural de Aracaju Marco zero da capital sergipana, espaço de preservação da memória, promoção da cultura

    Localizado no centro histórico de Aracaju, o Centro Cultural de [...]

  • População de Salgado é beneficiada com mais de 160 serviços durante passagem da 56ª edição do ‘Sergipe é aqui’

    Conhecido como ‘Cidade das Águas’, o município de Salgado, com [...]

  • Tributação de dividendos pode afetar investimentos no Brasil, alertam especialistas e entidades

    O debate em torno do Projeto de Lei 1.087/2025, em [...]

  • Ronda Maria da Penha de Sergipe recebe quatro novas viaturas para ampliar proteção às mulheres

    A proteção às mulheres vítimas de violência em Sergipe ganhou [...]