​Arquitetura, gastronomia, flores, artesanato, cultura e muita ​hospitalidade. Ambientes cercados de cores, sabores, cheiros e texturas. Essas são características ​marcantes ​dos ​mercados ​municipais localizados ​na região central d​e Aracaju. Basta caminhar um pouco por lá para sentir a energia do povo aracajuano e conhecer a sergipanidade. ​Administrados pela Prefeitura de Aracaju, esses espaços de comercialização são convidativos tanto para a população local quanto ​para turistas que ​visitam a capital ​sergipana.

O roteiro turístico pelos mercados pode começar pelo “Maria Virgínia Leite Franco”. É possível passear entre os corredores e se encantar com a diversidade dos alimentos que vão desde frutas a verduras, grãos, pimentas, iguarias, e as famosas castanhas de caju, tudo caprichosamente exposto para atrair a atenção do visitante. Por lá também é possível encontrar variadas espécies de peixes, crustáceos e carnes. Sem pressa, o visitante pode provar os sabores da terra e se deparar com a simpatia dos vendedores que, felizes, conquistam seus fregueses.

Depois, basta atravessar a praça de eventos Hilton Lopes, palco de eventos de grande porte, a exemplo do Forró Caju – o maior festejo junino do estado -, para chegar ao Mercado Municipal Antônio Franco. O ponto alto do local é o artesanato, seja de cerâmica ou de barro, além de roupas, bolsas e sapatos de couro. Também é possível se deparar com uma diversidade de plantas medicinais. O servidor público federal Jorge Ronaldo Andrade Santos conta que todas as vezes que precisa comprar artesanato vai até este mercado.

“Aqui, a gente consegue encontrar muitas coisas, como por exemplo artesanato de barro, que não é tão fácil de encontrar em outros locais da cidade, e com preço acessível. Eu compro também muitas iguarias, doces, condimentos e algumas plantas para chás. Sempre que estou precisando de alguma coisinha, encontro aqui nos mercados”, reitera.

Ao atravessar a passarela das flores, onde são comercializadas rosas, margaridas, girassóis, tulipas, entre outras, chega-se ao Mercado Thales Ferraz. O forró, tradicional ritmo musical nordestino, provavelmente estará ecoando pelos corredores do local, tornando o passeio ainda mais agradável e divertido. Não vai ser difícil encontrar apresentação de algum trio pé de serra acompanhado de dançarinos do autêntico forró nordestino. Junto ao cenário estão as lojas com redes, bolsas, chapéus, sapatos de couro, entre outros itens.

José Agnaldo

O vendedor José Agnaldo SIlva Santos trabalha no Mercado Thales Ferraz há cerca de um ano e conta que o seu principal público vem de fora. “Quem mais compra aqui é turista. Eles gostam muito de comprar camisas, cangas, porque geralmente vão à praia. Mas também compram boné, chapéu e artesanato em geral. Acho que o objetivo do mercado é esse”, acredita o comerciante.

Fabiana Lima

A vendedora Fabiane Lima também afirma que o seu maior público são os turistas. “Os moradores locais não vêm muito ao mercado não, mas os turistas sim. Compram de um tudo, porque sempre gostam de levar uma lembrancinha para algum parente ou amigo. Os períodos de São João e o verão, em Janeiro, são os de maior movimento por aqui”, conta.

Milena Freire

A jovem Milenna Laísa Freire Teixeira mora em Aracaju há 12 anos. Mas, revela que é uma compradora assídua do artesanato dos mercados centrais da capital. “Desde pequena sempre venho aqui com meus pais. A gente comprava muita coisa de artesanato para montar nossa casa em Alagoas, para levar um pouco do gosto daqui para a minha cidade. Não nasci aqui, mas moro aqui há muitos anos. Eu acho que essa é uma forma de levar um pouco do amor que recebemos na cidade, e levar um pouco da tradição”, destaca.

​Esse conjunto de mercados ​m​unicipais d​a região central de Aracaju funcionam de segunda a sábado, das 6h às 16h45, e aos domingos, das 6h às 12h.

Fotos: Michel de Oliveira

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