*Por Keizer Santos
No último domingo (23), moradores da Colônia Agrícola Manoel Dionísio Cruz estiveram reunidos com representantes do Poder Executivo Municipal com intuito de buscar apoio para a resolução definitiva do programa Água para Todos. A Colônia, localizada a 30 km da sede do município de Canindé de São Francisco, no Alto Sertão Sergipano, possui uma extensão de pouco mais de oito mil tarefas.
Durante a reunião, os moradores alegaram que sofrem com a falta de água constante e que precisam de apoio de todas as esferas do Poder Público para a resolução deste problema. Sem água, além das necessidades básicas, a água também é importante, economicamente, pois contribui no processo de plantação, colheita e na criação de animais.
O programa Água para Todos, que foi instituído pelo Decreto nº 7.535, de 26 de julho de 2011, por meio do antigo Ministério do Desenvolvimento Regional, visa a construção de cisternas para o armazenamento do líquido potável. Segundo moradores, atualmente, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional mantém a construção do canal do sertão, que ajudaria bastante, porém a obra se arrasta há anos.
De acordo com Tito Reis, vice-presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais e Pessoas com Deficiência do Estado de Sergipe (ABTS), a principal reivindicação da comunidade é o abastecimento de água de forma contínua. “Os moradores precisam de água encanada chegando direto nas suas residências, por isso, nossa reivindicação era a construção da adutora do São Francisco. Assim, a Deso poderia realizar a captação e distribuição da água. Mas, este projeto ficou inviável por conta do programa Água para Todos”, disse.
Tito Reis também apresentou outra solução, que seria a revitalização de um poço artesiano, que existe na localidade, mas que não foi concluído. Com o poço, seria possível instalar um sistema de dessalinização e instalação das redes de abastecimento para as residências.
O prefeito Weldo Mariano de Souza (PT) e o vice-prefeito, Joselildo Almeida do Nascimento, o Pank, participaram da reunião na comunidade e apresentaram algumas soluções. Para o prefeito Weldo Mariano, a situação exige empenho de todos, inclusive dos governos estadual e federal. “Desde o início da minha gestão, busquei parcerias para implantação de poços artesianos, mas o poço desta comunidade não foi concluído devido a empresa, responsável pela construção, ter abandonado a obra, alegando que não era viável atender a demanda pelo valor licitado. Estamos buscando apoio para resolver este problema, mas por envolver recursos externos, torna-se um processo burocrático. Mas, providenciaremos carros-pipas e a instalação de um chafariz como uma medida paliativa. Prometo, que vamos resolver este problema do abastecimento, afinal, a população precisa de água!”, comentou.
Uma comissão de moradores foi formada para acompanhar as demandas futuras para a comunidade junto aos Poderes constituídos.
A presidente da ABTS, Marinalva Batista dos Santos; a presidente da Associação da Cooperativa Manoel Dionísio Cruz (ACOPAC), Joseane de Jesus Santos e o técnico em agropecuária, Avelanje Santos, também participaram da reunião na comunidade agrícola.