Atualmente 56% da população brasileira se declara negra ou parda e apesar da maioria da população se identificar como afrodescendente e o país possuir diversas políticas públicas para incluir a população negra em melhores oportunidades no país, o número de afrodescendentes que conseguem ingressar em uma universidade ainda é pequeno.

O conselheiro federal da OAB de Sergipe e presidente da Comissão Estadual e vice-presidente da Comissão Nacional de Igualdades da OAB, Kleber Renisson alerta sobre a situação.

“Nós temos nas universidades um número bastante reduzido de negros ou afrodescendentes matriculados no ensino superior, temos apenas 12% de negros no ensino superior. Quando essa estatística vai para um curso mais elitista esse percentual baixo para 4% em direito, menos de 1% em medicina e cerca de 3 a 4% em engenharia. Então existe também essa discrepância entre a população afrodescendente e a população universitária ativa no nosso pais”, disse.

Para Kleber as oportunidades não são limitadas apenas no ensino superior como também em cargos de diretoria. “Em relação ao campo de trabalho, hoje se tem uma pesquisa seria mostrando que no cargo de direção no pais só possuímos cerca de 4% de afrodescendentes ocupando cargos no campo de direção. E há vários outros dados que ligados a ele mostram que existe um estado de discrepância entre a condição racial e social no pais, ser negro pode até influenciar na remuneração do empregado”, destacou.

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