Atuação da Secretaria Especial do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem) demonstra incentivo à cadeia de empregabilidade como prioridade de gestão

Desde a campanha até a estruturação do plano de governo, a geração de emprego e renda tornou-se um mote da administração do governador Fábio Mitidieri. A recriação de uma pasta específica para o setor, por meio da Secretaria Especial do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), comprova a prioridade dada ao tema pela gestão. Com a criação e desenvolvimento de políticas públicas, a secretaria pretende ampliar e valorizar o número de postos de trabalho no estado.

Prova disso foi a visita realizada pelo governador Fábio Mitidieri a Brasília entre os dias 25 e 27 de janeiro, com o acompanhamento de secretários e lideranças. Na oportunidade, o chefe do executivo estadual buscou investimentos e apoios em diversas áreas, sendo a do Trabalho e Emprego uma das principais. Nesse cenário, o desenvolvimento do Programa Primeiro Emprego foi uma das pautas discutidas com o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

O programa é uma iniciativa do Governo de Sergipe, que visa a inserção de cerca de cinco mil jovens no mercado de trabalho a partir de um investimento de R$ 30 milhões. Durante a apresentação do governador, o ministro solicitou uma minuta do projeto como referência para a elaboração de uma proposta nacional.

O titular da Seteem, secretário Jorge Teles, é uma das lideranças à frente do programa. De acordo com o secretário, a ausência de experiência comprovada, sobretudo entre os jovens, é uma das preocupações da gestão. Nesse sentido, o programa Primeiro Emprego deve facilitar o ingresso de novos profissionais no mercado a partir de parcerias.

“Muitas vezes o profissional é bem formado, mas a principal exigência do empregador é a experiência em carteira. O Primeiro Emprego vai sanar essa dificuldade e aproximar os melhores do mercado. E quando o empregador contrata os melhores, ele consegue mais eficiência e resultados, e acaba criando mais vagas. Sozinho, o Estado não consegue criar todos os empregos que a sociedade precisa, mas, em parceria com a iniciativa privada, vamos atingir esse objetivo de gerar mais emprego e renda. Então, o Estado vai custear parte dessas despesas de contratação, garantindo que o jovem tenha acesso ao primeiro emprego”, explica.

Reestruturação

Para Jorge Teles, reestruturar a cadeia de empregos em Sergipe passa pelo alinhamento de expectativas. “Antes da pandemia, passamos por momentos como o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) e o desinvestimento da Petrobras. Então, o desafio do Governo do Estado para que esses empregos voltem a ser ofertados é capacitar mão de obra. Sergipe forma muitos profissionais, mas diariamente ouvimos relatos de empresas que não estão conseguindo mão de obra qualificada. Então, é necessário alinhar a formação profissional com a real necessidade do mercado”, sinaliza.

Um dos principais suportes da secretaria para conciliar oferta e demanda de empregos é o Núcleo de Apoio ao Trabalhador (NAT), que conta atualmente com 160 mil trabalhadores cadastrados em seu banco de currículos e que deve passar por uma requalificação. “O NAT está passando por uma reestruturação em sua equipe, em sua filosofia e em seu planejamento. O propósito é que todos entendam que somos o elo para fazer com que o empregador atinja seu objetivo de contratar uma mão de obra qualificada, e que o trabalhador atinja o seu objetivo de ter qualificação técnica”, resume.

Além de garantir suporte ao trabalhador, a Seteem também deve oferecer apoio aos empregadores. Este trabalho, segundo Jorge Teles, inclui o desenvolvimento do hub de empreendedorismo. “A ideia é reunir todos os interessados na geração de desenvolvimento para o estado. Escolas de formação, órgãos estatais, sociedade civil organizada e também empreendedores, para que seja um espaço de discussão e solução de problemas. Temos que construir sinergia com o mercado, com a iniciativa privada, para que o Estado se encarregue desse processo de indução do desenvolvimento, de controle, de organização, de direcionamento, e que cada um, de acordo com o seu interesse, entre com recursos”, descreve.

Também no ramo de empreendedorismo, o incentivo ao trabalho artístico e criativo compõe o leque da secretaria. “Estamos atentos ao artesão, por exemplo, para que ele comercialize sua arte com apoio do Estado. A gente busca que todos os artesãos possam participar de qualificações técnicas que agreguem valor ao seu produto, que permitam aferir um lucro mais justo e que os insiram em feiras e eventos locais e nacionais”, ressalta.

Integração

Mais uma entre as premissas de trabalho da secretaria é o direcionamento à qualificação técnica na área de tecnologia. Além de encurtar distâncias e de dinamizar processos de candidatura e prospecção, os suportes tecnológicos devem fazer parte das capacitações oferecidas via Seteem. Para tanto, a pasta deve contar com o apoio de outras organizações.

“Estamos desenvolvendo com o Instituto Banese, com o Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), com o Sistema S e com entidades privadas a formação de profissionais especializados em tecnologia. Hoje, Sergipe tem um déficit de mais de 600 profissionais de Tecnologia da Informação (TI). Então, precisamos investir na formação desses trabalhadores, que tem uma colocação no mercado garantida”, pontua.

A relação com outras secretarias no Governo de Sergipe também faz parte do horizonte da pasta. Entre outras pretensões, a articulação visa ações afirmativas. “A atuação da Secretaria do Trabalho transcende a estrutura da própria secretaria. Ela passa pela Assistência Social, pelos Direitos Humanos, pela Secretaria da Mulher, pela Educação, pela Saúde e por outras pastas. Entendemos que há desigualdades que dificultam o acesso à oportunidade de emprego e ao desenvolvimento de potenciais. Então, é preciso construir uma interlocução ampla, passando pelos Ministérios Públicos do Trabalho e do Estado, lutando por ações afirmativas. É uma ação conjunta de garantia de acesso ao emprego para todos os que são tratados de forma desigual, pois é nosso papel construir mecanismos para gerar equidade”, disse.

Para fazer o acompanhamento de metas, a Secretaria do Trabalho também deverá se dedicar à mensuração de dados. “Estamos criando uma estrutura estatística para mapear exatamente em que situação estamos e para traçar indicadores para os próximos anos. Com essa matriz, vamos começar a construir a política pública não mais baseada no achismo, mas lastreada em fundamentos científicos. Queremos proteger o emprego que já existe, qualificando melhor a mão de obra para que ela seja um ativo de desenvolvimento. Sergipe nasceu, foi forjado e está se desenvolvendo pela mão do trabalhador sergipano. O que nós almejamos é que a secretaria seja esse instrumento que vai atrair todos os atores, gerando o maior número possível de empregos, oportunidades e dignidade para o sergipano”, conclui Jorge Teles.

FONTE: AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO GOVERNO DE SERGIPE 

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