Fornecimento de água potável em localidades rurais fixa as famílias no campo e favorece os números positivos à atividade agrícola e pecuária do estado

O Programa Água Doce (PAD), que leva água potável às comunidades rurais sergipanas que não contam com sistemas de abastecimentos convencionais, foi ampliado e prorrogado até dezembro de 2023. De acordo com o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Paulo Sobral, o convênio com o Governo Federal foi renovado, garantindo os recursos para a continuidade da manutenção dos sistemas de dessalinizadores existentes e a ampliação do número de unidades até o fim deste ano.

O programa possibilita a implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água, dotados de dessalinizadores. Sergipe possui 29 unidades distribuídas em nove municípios, atendendo cerca de 5 mil pessoas.

A ação do Governo do Estado é coordenada pela Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e conta com a execução de suas subsidiárias, além da cooperação de outros órgãos estaduais, municipais e de agentes locais. O programa conta, também, com a participação dos moradores das localidades rurais que atuam como operadores dos sistemas nos municípios de Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Monte Alegre de Sergipe, Porto da Folha, Nossa Senhora da Glória, Carira, Simão Dias, Poço Verde e Tobias Barreto.

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) é responsável pela manutenção dos sistemas implantados, enquanto a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) fica com a responsabilidade de orientar sobre o funcionamento do sistema.

João Izídio é usuário e operador do sistema de abastecimento de água dessalinizada do povoado Bezerras, em Carira, localizado no agreste central sergipano. Ele explica que naquela unidade do PAD, cerca de 50 famílias pegam água diariamente para o consumo humano.

“O programa é uma coisa muito importante, mudou muito a nossa vida aqui na comunidade. Agora a gente está bebendo uma água de qualidade. Não é água de calha de casa, não é água de barreiros. A equipe que implantou o Programa Água Doce está de parabéns e nós também estamos de parabéns, porque recebemos um programa de grande importância”, revelou.

O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, ressalta que a colaboração da companhia estadual com o programa vem desde sua implantação no estado. Ele explica que é norma do PAD a implantação de unidades a partir de poços salinos já existentes e, muitos dos que foram aproveitados, eram poços que a Cohidro perfurou ao longo de sua história.

“Colaboramos com nossa expertise na parte de recuperação, limpeza e instalação destas 29 unidades. Posteriormente e antes da Seagri coordenar o programa, atuamos fazendo a manutenção dos poços, infraestrutura e bombeamento”, explicou.

O presidente disse, ainda, que as reservas de água do subsolo da parte semiárida do estado de Sergipe são, ao mesmo tempo, escassas em quantidade – com muitos poços perfurados que resultam em pouco ou não-produtivos – como, também, a maioria destes poços fornece água salina que, sem tratamento, é imprópria ao consumo humano. “Essa situação se repete nos demais estados do Nordeste e no norte de Minas Gerais”, destacou.

Coordenador do PAD em Sergipe, Vandesson Carvalho, informou que já foram finalizados os processos licitatórios para contratação de quatro empresas que irão atuar na execução do PAD. “Os contratos são de manutenção e monitoramento, capacitação dos operadores, sustentabilidade ambiental e de apoio à gestão”, adiantou. Ele disse que os técnicos da Coderse que trabalham na instalação e manutenção de poços perfurados pela empresa em todo estado visitaram todos os 29 sistemas do PAD. “Em cinco sistemas, houve o trabalho de manutenção das bombas, beneficiando um total de 525 famílias que vivem nestas cinco localidades e arredores”, acrescentou.

Parceiros

Além da Seagri, por meio de suas subsidiárias Coderse e a Emdagro, atuam no Água Doce as secretarias de Estado do Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Sedurbi); e de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac); e a Superintendência Estadual de Proteção e Defesa Civil (Supdec); a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e os departamentos de Defesa Civil dos municípios atendidos.

FONTE: AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO GOVERNO DE SERGIPE 

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