*Por Amanda Prata
Talvez uma das principais dores de quem convive com diabetes é manter a consistência no tratamento. Muitos pacientes necessitam das injeções de insulina como parte do controle da doença. Mas há algum tempo, a ciência está estudando novas possibilidades que facilitem a rotina das pessoas com diabetes. A insulina em comprimido é uma delas, e ganhou diversos estudos.
Pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, estão desenvolvendo comprimidos de insulina como substitutos das injeções diárias usadas por pacientes com diabetes tipo 1 (pâncreas não produz insulina).
No estudo realizado com cobaias, e publicado em junho na revista científica Scientific Reports, os cientistas descobriram que a insulina presenta na última versão dos comprimidos é absorvida pelos ratos da mesma forma que a injetada.
De acordo com o pesquisador Alberto Baldelli, outro autor da pesquisa, a equipe agora está chegando à incrível marca de 100% da insulina dos comprimidos sendo entregues diretamente no fígado. Em tentativas anteriores de desenvolver a insulina oral, a maior parte da substância se acumulava no estômago.
Com a nova pílula, mesmo após duas horas da ingestão dela, os pesquisadores não encontraram insulina nos estômagos das cobaias. Já havia sido entregue ao fígado.
A maioria dos comprimidos de insulina que estão em desenvolvimento tende a liberar insulina lentamente ao longo de duas a quatro horas, enquanto o hormônio injetado tem liberação rápida, podendo ser totalmente absorvido de 30 a 120 minutos.
“Semelhante à injeção de insulina de ação rápida, nosso comprimido de administração oral é absorvido após meia hora e pode durar cerca de duas a quatro horas”, comenta Alberto Baldelli.
O estudo canadense ainda precisa passar pelos testes clínicos em humano. Além dos potenciais benefícios para diabéticos tipo 1, os cientistas lembram que o comprimido que estão criando também pode ser considerado mais sustentável, econômico e acessível do que as injeções de insulina.
Enquanto o hormônio injetado tem liberação rápida, podendo ser totalmente absorvido de 30 a 120 minutos.
“Semelhante à injeção de insulina de ação rápida, nosso comprimido de administração oral é absorvido após meia hora e pode durar cerca de duas a quatro horas”, comenta Alberto Baldelli.
O estudo canadense ainda precisa passar pelos testes clínicos em humano. Além dos potenciais benefícios para diabéticos tipo 1, os cientistas lembram que o comprimido que estão criando também pode ser considerado mais sustentável, econômico e acessível do que as injeções de insulina.
*Amanda Prata – Farmacêutica graduada pela Universidade Federal de Sergipe em 2007, Especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2015.