A forma certa de segurar o lápis, o talher da refeição ou a escova de dentes: habilidades como estas são trabalhadas na Educação Infantil das escolas da rede municipal de ensino de Aracaju a partir de brincadeiras e atividades lúdicas. O estímulo pedagógico auxilia a criança tanto no seu desenvolvimento como indivíduo e na sua rotina, como também lhe prepara para a fase escolar da alfabetização.
Nas Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis), equipes gestoras, professoras e cuidadoras participam de constantes formações promovidas pela Coordenadoria de Educação Infantil (Coeinf) da Secretaria Municipal da Educação (Semed), a fim de que os recursos pedagógicos sejam utilizado de forma a estimular o avanço da criança como um todo.
Além disso, a Prefeitura tem investimento em equipamentos didáticos que auxiliam no desenvolvimento do aluno. Somente em 2022, foi concluída a entrega de kits que contam com parquinhos espumados, fantoches, jogos educativos, bonecas, carrinhos e outros brinquedos.
Coordenadora pedagógica da Emei Professora Maria Givalda, localizada no bairro Soledade, Clariane Maria Ramos explica que nesta fase escolar o aluno tem que ser trabalhado de forma integral, a partir dos aspectos físicos, cognitivos, psicológicos e emocionais. Segundo ela, do berçário à pré-escola, corpo e mente precisam estar em preparação para quando a criança entrar no Ensino Fundamental, quando deverá aprender e praticar a leitura e a escrita.
“Seguimos a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) que fala sobre o direito de brincar, de participar, ou de explorar, de interagir, de conhecer, de conviver. Para tanto, buscamos garantir que estes sejam respeitados e proporcionamos atividades pedagógicas que os contemplem. Por isso é tão importante que a criança esteja na escola. Aqui, trabalhamos questões de habilidades físicas e cognitivas, socialização, regras, empatia. Porque a interação, sobretudo com outras crianças, é importante para aprender a falar ou a se comunicar. Tudo é feito de forma lúdica, respeitando o limite de cada uma e a maturação dos movimentos”, conta Clariane.
Rotina escola
Alunos da creche e da Educação Infantil são acompanhados de cuidadoras e professoras que realizam atividades específicas para a idade de cada criança. “Na creche, por exemplo, fazemos a chamadinha enquanto cantamos, assim eles vão percebendo nomes e imagens, deles e dos coleguinhas. Já as musiquinhas, trabalham habilidades visuais, auditivas e de fala”, explica a coordenadora.
“Quando a gente traz os jogos de montar, estimulamos a motricidade fina, a concentração e a  criatividade. Quando o professor propõe uma brincadeira, ela tem uma intencionalidade pedagógica. Até mesmo quando é no brincar livre, imaginando-se num conto de fadas, em profissões ou na natureza, a criança está representando uma vivência, conseguindo, também, expressar aquilo que ela está sentindo, como medo, alegria, tristeza”, detalha Clariane.
Professora do Infantil 5 na Emei, Gleide Selma Pereira diz o quanto é relevante relacionar as atividades da escola com as brincadeiras e os deveres de casa. “Antes de apresentar um conteúdo, na maioria das vezes, utilizo o brincar e crio regras para que façam junto aos colegas e se ajudem. Passo trabalhos manuais e os coloco para trabalhar alguma data comemorativa. Muitos exercícios de sala de aula também passo para casa e eles fazem com a família. É bom que haja essa interação e os pais pratiquem as atividades no dia a dia, estimula a criatividade e a socialização”, relata.
Já no berçário, o universo lúdico predomina nas atividades que vão proporcionar o desenvolvimento infantil. “Contamos historinhas e as crianças recontam do jeitinho delas, lemos livros através das imagens, abordamos as cores, fazemos brincadeiras de obstáculos e cordas para estimular a coordenação motora. Tudo isso trabalha noções do dia a dia deles e a gente vê a diferença de quando entram na escola e quando acabam o ano letivo. Temos um aluno, por exemplo, que não falava nada no começo do ano, usava chupeta e fralda. Hoje ele fala normalmente, não usa chupeta e pede para ir ao banheiro”, conta a professora Amanda Alves.
FONTE: AGÊNCIA ARACAJU DE NOTÍCIAS

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