Decisão de Gilmar Mendes atende a pedido do Rede Sustenbabilidade

Por decisão do ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF), os recursos destinados ao pagamento de programas sociais de combate à pobreza e à extrema pobreza, como o Bolsa Família, poderão ficar fora do limite do teto de gastos. A decisão, tomada na noite desse domingo (18) atende a um pedido do partido Rede Sustentabilidade.

“Reputo juridicamente possível que eventual dispêndio adicional de recursos com o objetivo de custear as despesas referentes à manutenção, no exercício de 2023, do programa Auxílio Brasil (ou eventual programa social que o suceda) pode ser viabilizado pela via da abertura de crédito extraordinário, devendo ser ressaltado que tais despesas não se incluem na base de cálculo e nos limites estabelecidos no teto constitucional de gastos”, diz um trecho da decisão de Mendes.

No entendimento de Gilmar Mendes, o teto de gastos não pode ser “concebido como um fim em si mesmo” e não permitir que os recursos para “direitos fundamentais preconizados pela Constituição” não sejam liberados. “Nesse contexto, urge a necessidade de desenvolvermos semelhantes mecanismos no âmbito da responsabilidade social, facilitando a elaboração, implementação, consolidação e expansão de políticas públicas sociais por parte de todos os Entes Federativos”, argumenta o ministro.

Outro ponto destacado por Gilmar Mendes é que a própria lei do teto já continha instrumentos capazes de permitir a abertura de espaços fiscal para cumprir ‘responsabilidades sociais’ do Estado.

Congresso

A decisão foi tomada em meio a dificuldades do governo eleito para aprovar a chamada PEC da Transição na Câmara dos Deputados. Além da verba para o pagamento do auxílio, o texto já aprovado pelos senadores, também pretende recompor o orçamento de diferentes ministérios, fora do teto de gastos. A expectativa é que os deputados votem o texto ainda esta semana no plenário da Casa.

A proposta aprovada no Senado estabelece que o novo governo terá 145 bilhões de reais para além do teto:  70 bilhões serão para custear o benefício social de 600 reais com um adicional de 150 reais por criança de até seis anos. A proposta também abre espaço fiscal para outros 23 bilhões de reais em investimentos pelo prazo de dois anos e não por quatro anos, como queria equipe de transição.

Na Câmara, parlamentares defendem que o texto tenha validade de um ano. Outra alteração que está em discussão é um valor ainda menor do que o aprovado no Senado, que reduziu o valor de teto de R$ 175 para R$ 145 bilhões.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

  • Thiaguinho na Praia” chega a Aracaju com programação musical e clima de verão

    A capital sergipana já começa a entrar no clima do [...]

  • Vice-prefeito Ricardo Marques comenta decisão da Justiça que anula licitação do transporte coletivo

    A Justiça determinou a anulação da licitação do transporte coletivo [...]

  • Aos 91 anos, escritora Ailezz lança novo livro de poesia nesta quinta-feira em Aracaju

    A escritora e artista plástica Ailezz vai lançar o seu [...]

  • Projeto de Lei Complementar que altera regras sobre uso de recursos da concessão de água e esgoto é aprovado

    Os deputados da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) [...]

  • Sergipe avança na transição energética e amplia estudos para infraestrutura portuária em 2025

    Em 2025, Sergipe consolidou passos decisivos para estruturar o Plano [...]