A fraude teria acontecido na contratação
de bolsista para o ensino à distância
O Ministério Público Federal irá apurar a denúncia de que um servidor do Instituto Federal de Sergipe (IFS) teria sido favorecido e contratado após o processo seletivo simplificado para que atuar na produção dos cursos técnicos oferecidos pela instituição na modalidade à distância (EAD).
No edital publicado em maior deste ano, sob o nº 02/2017, o IFS fez uma seleção para bolsas formação e diversas coordenadorias, dentre elas para a equipe multidisciplinar IV (audiovisual). Não haveria prova durante a seleção, mas sim uma pontuação estabelecida pela formação e pela experiência profissional de cada um dos candidatos.
Após a solicitação dos documentos os primeiros colocados na lista para a seleção de audiovisual, homologada e publicada em 3 de agosto, eram Luiz Eduardo Carvalho de Souza e Dayane Eloá dos Anjos Maciel. No entanto, apenas Luiz Eduardo foi convocado para assumir o posto.
Dois meses depois o IFS fez uma nova convocação para a equipe multidisciplinar. Mas ao invés de convocar Dayane Eloá, segunda colocada após a homologação da pontuação, o Instituto convocou Luís Otávio Silva Moraes. Que se apresenta como técnico em audiovisual do IFS desde 2014.
No primeiro resultado, Luís Otávio, que só possui graduação, aparecia em 6º lugar com 3 pontos. Já após a solicitação de documentos nº 04/2017, sua nota subiu para 4,5, superando inclusive o primeiro convocado.
O aumento repentino de sua nota, a convocação antes da de Dayane Eloá Maciel, bem como o seu currículo acadêmico-profissional disponibilizado na plataforma Lattes, apontam indícios de beneficiamento e irregularidades no processo seletivo realizado neste ano.
A reportagem do CINFORM tentou obter informações junto ao diretor de Ensino à Distância (EAD) do IFS, Saulo Eduardo Galilleo Souza Santos, mas ele se negou a conceder entrevista. Por telefone, ele se limitou a informar que não havia fraude no concurso, mas, caso algo for comprovado, a diretoria poderia voltar atrás em qualquer uma de suas nomeações.
Todo o material recolhido pelo CINFORM no site do próprio IFS referente ao edital nº 02/2017, para seleção pública simplificada – Rede E-Tec/Bolsa Formação, foi entregue ao Ministério Público Federal (MPF). Segundo o Ministério, caso a denúncia seja aceita, a investigação será aberta e enviada a um dos procuradores. O MPF ressalta ainda que qualquer pessoa que se sentir prejudicada faça denúncia ao Ministério através do site www.cidadao.mpf.mp.br.
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