* Por Amanda Prata
Os remédios manipulados levam esse nome pois diferente dos remédios industrializados, que possuem uma fórmula única e geral, os manipulados podem adaptar ou transformar a fórmula do produto para gerar um maior benefício. São produzidos a partir de fórmulas padronizadas e reconhecidas pela Anvisa, ou a partir da prescrição de um profissional habilitado, como o médico, que é capaz de que estabelecer em detalhes sua composição, dose e modo de usar.
O medicamento magistral também conhecido como medicamento manipulado, diferencia-se do medicamento industrializado por ser preparado em farmácia e por ser personalizado, isto é, específico para atender às necessidades individuais de uma pessoa. O médico leva em consideração características fundamentais do seu paciente como idade, peso, sexo e condição de saúde.
A farmácia de manipulação é um estabelecimento de saúde onde fórmulas são manipuladas e preparadas de forma personalizada para cada cliente, seguindo receitas prescritas por profissionais da área da saúde. Os medicamentos são produzidos por meio de procedimentos padronizados pelo farmacêuticos junto com sua equipe técnica. Este passo a passo da preparação dos medicamentos é realizado e registrado nas farmácias, com base em informações técnicas de literatura oficial do segmento farmacêutico, considerando as características individuais de cada componente da fórmula cujas as matérias-primas utilizadas na farmácia de manipulação são adquiridas de fornecedores qualificados e são analisadas pelo controle de qualidade interno.
As receitas são analisadas e conferidas por farmacêuticos antes de serem enviadas para produção em seus laboratórios, que seguem as normas das Boas Práticas de Manipulação preconizadas pela ANVISA, e contam com instalações tecnológicas e uma equipe altamente treinada. Esse processo garante a qualidade e eficácia do produto final.
Mesmo diante de todo um processo para sua produçãozona os medicamentos manipulados saem na frente quando se trata de dinheiro, geralmente eles possuem preços mais acessíveis, dependendo das fórmulas prescritas, chegam a ser de 40 a 50% mais baratos do que os industrializados, apresentando a mesma qualidade e eficiência. Eles possuem, entretanto, um prazo de validade bem mais curto do que os industrializados, e caso não sejam consumidos dentro deste prazo, devem ser descartados e logo novas doses devem ser compradas.
* Amanda Prata – Farmacêutica graduada pela Universidade Federal de Sergipe em 2007, Especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2015.