35% deles disputam uma vaga na Câmara dos Deputados

Thiago Fagundes/Agência Câmara
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou a candidatura de 475 pessoas com deficiência que vão concorrer a um cargo público nas eleições de outubro. O número representa 1,6% do total de 28.644 pedidos de registros de candidatura.

Dos candidatos com deficiência, a maioria (53,69%) possui alguma deficiência física. Em seguida, vêm os candidatos com deficiência visual (23,58%) e auditiva (11,58%), outras deficiências (8,42%) e autismo (2,74%).

Para a Câmara dos Deputados, concorrem 161 pessoas com deficiência. Ou seja, 35% dos candidatos com deficiência disputam uma vaga na Câmara.

Os dados sobre candidaturas com deficiência começaram a ser contabilizados a partir de 2020. Assim, estas são as primeiras eleições de nível federal a contar com esse tipo de informação.

Dificuldades
Segundo Ewelin Canizares, integrante do Movimento Feminista Inclusivas de Mulheres com Deficiência, a pessoa com deficiência enfrenta uma série de dificuldades para ter acesso aos partidos e se candidatar. O principal obstáculo é a falta de acessibilidade.

“Um candidato cego, por exemplo. Se ele não tem o material do partido todo de forma acessível, as fotos, as figuras, os textos, ele tem dificuldade de fazer a sua proposta de mandato. A gente precisa que os textos estejam disponíveis em formato eletrônico, para que as pessoas cegas ouçam o texto”, esclarece Ewelin Canizares.

No caso de um candidato surdo, a documentação pode ser repassada ao candidato por escrito, mas ele precisaria de um intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para ser entendido. “Se não, ele não tem como fazer sua comunicação de campanha e nem de relacionamento com os dirigentes do partido, porque normalmente as pessoas não usam Libras”, afirma ainda Ewelin.

Já a candidatura da pessoa com deficiência física esbarra na falta de acessibilidade das cidades brasileiras: escadas, calçadas esburacadas, inexistência de banheiros acessíveis, elementos necessários para que uma campanha seja feita de forma adequada e digna.

Por esses motivos, Ewelin Canizares defende um financiamento estipulado da campanha de pessoas com deficiência, que muitas vezes são de baixa renda e possuem gastos altos com medicamentos e adaptações. Ela também defende cotas de vagas, com paridade de gênero.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Wilson Silveira

Fonte: Agência Câmara de Notícias

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

  • Limpa Nome: dívidas podem ser negociadas nas agências dos Correios com até 99% de desconto

    Consumidores de todo o Brasil terão a chance de negociar [...]

  • “The Beatles Reimagined” chega a Aracaju com espetáculo inédito no Teatro Atheneu

    No próximo dia 15 de outubro, às 20h, o público [...]

  • Lei reserva vagas para pessoas com 40 anos ou mais na Administração Pública de Sergipe

    Os deputados da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) [...]

  • Aracaju é destaque na 27ª Feira de Turismo Avirrp 2025, em Ribeirão Preto (SP)

    Aracaju marcou presença na 27ª Feira de Turismo Avirrp (Associação [...]

  • Sergipe já arrecadou mais de R$ 190 milhões de ICMS por indústrias incentivadas pelo PSDI em 2025

    O Governo de Sergipe arrecadou mais de R$ 190 milhões [...]