*Por Evelyn Mateus

A endometriose é uma doença inflamatória que tem como característica a presença de tecido similar ao endométrio, em outras localidades do corpo para além do útero, como ovários, peritônio e septo retovaginal. Os sintomas vão desde desconfortos urinários e intestinais, a dor pélvica intensa, irregularidade menstrual, dispareunia (dor durante a relação sexual) e infertilidade, impedindo muitas vezes de realizar atividades simples do cotidiano. Desse modo, a vida da mulher é afetada não somente no âmbito físico, como também no psíquico e social.

Apesar de não ter sua etiologia definida, estudos sugerem que o problema seja causado por fatores genéticos, imunológicos e ambientais; incluindo a dieta, nesse último. Acredita-se que a alimentação esteja ligada à origem e progressão da doença, por isso a recomendação é uma reeducação alimentar, com foco em alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios, tanto para o tratamento, como na prevenção à endometriose.

Os principais nutrientes que auxiliam no tratamento da doença e diminuição dos sintomas são vitamina A, vitamina C, vitamina D, ômega 3 e 6, fibras e compostos bioativos como os polifenóis. Confira os principais alimentos fontes desses nutrientes:

  • Vitamina A – cenoura, abóbora, fígado, ovo, leite, salmão, atum, etc.
  • Vitamina C – acerola, caju, pimentão, laranja, morango, brócolis, repolho roxo e couve-flor.
  • Vitamina D – arenque, salmão, ostra, sardinha, truta, ovo cozido e leite.
  • Ômega 3 – semente de chia, semente de linhaça dourada, nozes, atum, sardinha, salmão, anchova, algas e vegetais verde-escuros.
  • Ômega 6 – todos os tipos de castanhas, nozes, semente de abóbora e semente de girassol.
  • Fibras – aveia, todos os tipos de feijões, lentilha, grão-de-bico, arroz integral, centeio, abacate, goiaba, laranja, etc.
  • Polifenóis – morango, cereja (in natura), mirtilo, gojiberry, cacau, chás, cravo-da-índia e orégano.

Uma dieta balanceada com esses alimentos pode reduzir inflamação, dor, irritabilidade, estresse, fadiga e constipação.

Existem também alguns hábitos que devem ser abandonados ou pelo menos feitos em raras ocasiões. São eles: tabagismo; alcoolismo; consumo de bebidas ricas em cafeína; ingestão de carnes vermelhas, alimentos embutidos e industrializados; consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura trans.

Esses hábitos provocam desequilíbrio ao organismo e estimulam diversos processos inflamatórios. Ademais, pesquisas correlacionam o excesso de carnes vermelhas e alimentos industrializados com a incidência de endometriose.

Como a doença é estrogênio-dependente, uma dica valiosa é optar, sempre que possível, por ovos, leite, frango e carne orgânica, ou seja, proveniente de animais criados livres de interferência hormonal. É importante também diminuir o consumo de alimentos que apresentem fitoestrógenos em sua composição, pois este se assemelha em estrutura ao estrogênio. A soja e seus derivados, são os principais exemplos de alimentos com fitoestrógeno.

Para uma orientação nutricional individualizada em caso de endometriose, procure um profissional nutricionista!

*Evelyn Mateus – Nutricionista formada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), Pós-Graduada em Nutrição Clínica e Esportiva pela FATELOS

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