A meningite é a inflamação das membranas que revestem o sistema nervoso central e protegem o cérebro e a medula espinhal. A doença é classificada de duas formas: infecciosa, quando provocada por bactérias, vírus, protozoários, fungo e tuberculose, e não infecciosas, causada por algumas doenças, medicamentos ou vacinas. Elas podem ser agudas, tendo uma evolução em questão de dias ou até horas, ou crônicas, com mais de quatro semanas de duração. A principal maneira para evitá-la é por meio de vacinação.

“A meningite bacteriana é uma doença muito grave com alta mortalidade e potencial de deixar várias sequelas, a exemplo, surdez e alterações neuropsiquiátricas, se não tratada precocemente e adequadamente. Por isso, é importante procurar um serviço de urgência o mais breve possível em caso de sintomas que possam ser meningite aguda bacteriana”, explica o professor da Universidade Tiradentes, Jorge Dornellys da Silva Lapa.

A apresentação clínica clássica da meningite aguda é febre, dor de cabeça, dor e dificuldade de movimentar a região cervical, além de náuseas e vômitos e intolerância à luz. Apesar dos sintomas em geral serem menos graves na forma viral, a diferenciação definitiva com a forma bacteriana deve ser feita a partir da análise do líquido cefalorraquidiano que é colhido por punção lombar.

Dr Jorge Dornellys

Os vírus que podem causar meningite viral são os enterovírus como echo, coxsackie e poliovírus, arbovírus, vírus da caxumba, da herpes simplex, herpes tipo 6, citomegalovírus, vírus Epstein-Barr, varicela zoster, sarampo, rubéola, parvovírus, rotavírus, varíola, vírus do HIV 1 e alguns vírus que afetam a função respiratória e que podem estar presente na região nasal.

 Outras doenças

Há outras infecções que acometem o sistema nervoso central por bactérias, como o abscesso cerebral e o empima subdural. “Essas infecções são causadas pela proximidade com o ouvido ou com os seios da face, assim como de origem com disseminação sanguínea. Em geral, elas precisam de intervenções neurocirúrgicas precoces, além de antibióticos, para tratamento eficaz com redução da mortalidade e das potenciais sequelas motoras, cognitivas e comportamentais”, ressalta o professor.

Por exemplo, a meningoencefalite viral é mais comumente transmitida pelo herpes-vírus simples, diferente da meningite viral. Nesse caso, há acometimento encefálico, além do meníngeo, com crises convulsivas e alterações do comportamento como parte do quadro clínico inicial do paciente com tratamento antiviral específico, que deve ser iniciado também o mais breve possível para reduzir a mortalidade e sequelas.

A diferenciação da forma viral da bacteriana é feita a partir da análise do líquido cefalorraquidiano

 Como evitar

“As vacinas pneumocócicas 10 e pentavalente, que inclui a cobertura para haemophilus tipo B, são contra infecções invasivas. Elas impactam indiretamente na queda da incidência de meningites bacterianas pela prevenção de infecção por germes que também causam meningites agudas. Ambas são ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), há também a vacina contra a doença meningocócica que inclui a meningite meningocócica sorogrupo C (para crianças menores de 5 anos), que é uma das causas mais comuns no Brasil de meningite aguda e a vacina meningocócica conjugada ACWY (para adolescentes de 11 e 12 anos) para cobertura mais ampla contra diferentes sorogrupos”, diz Dornellys.

 

 

 

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