O Hospital e Maternidade Amparo de Maria, unidade filantrópica localizada no município de Estância, na Região Centro-sul do Estado, desenvolveu um projeto de assistência humanizada para gestantes e bebês que tem como objetivo cuidar da saúde mental da mulher por meio de atividades realizadas pela equipe de Psicologia. É o projeto ‘Amparo Mulher’, que inicialmente está desenvolvendo ações pontuais e mensais.
De acordo com a coordenadora, a psicóloga Flor Teixeira, o projeto pretende inserir na maternidade um espaço de escuta terapêutica fixo para auxiliar no momento pós-parto, propagar orientações e informações sobre a saúde mental da mulher e de toda a família, além de viabilizar ações assistencialistas. “A gravidez pode ser compreendida como um momento de importantes mudanças na vida da mulher, que envolve afeto, fantasias e expectativas com relação ao parto e ao bebê. Sobreviver ao puerpério é o nosso primeiro desafio”, disse.
O projeto ‘Amparo Mulher’ é desenvolvido em três vertentes. A primeira é a ‘Mãe Terapia’, que são ações realizadas mensalmente onde a equipe trabalha com um espaço de escuta terapêutica, levando informações e explicações sobre os sintomas de depressão pós-parto, para que elas fiquem atentas, inclusive os acompanhantes que também são orientados como lidar durante o processo do puerpério.
Flor a gravidez é um momento de importantes mudanças na vida da mulher
A segunda vertente é feita através das redes sociais. O ‘Conecta Mãe’ é realizado através da criação de vídeos e stories do Instagram para que as mães se sintam acolhidas. “A maternidade é muito solitária, então quando a gente consegue abrir um espaço para que elas possam encontrar outras mães, outras pessoas para elas se apoiarem, então a experiência se torna menos dolorosa. A terceira e última vertente trabalha com a doação de itens, tanto para a mãe bem como para a criança”, explicou.
Flor Teixeira ressalta que o hospital vem buscando instituições parceiras, como o Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) da região, o Centro de Referência na Assistência Social (CRAS), para que as mães possam ter um acompanhamento, não só dentro da instituição, mas fora também. “Que a instituição seja uma porta de entrada, um porto seguro, para que elas relatem as suas dificuldades e a partir disso a gente faz o encaminhamento para a devida instituição e elas são acompanhadas”, ressaltou.