A superfície ocular é a região externa dos olhos, que é exposta ao meio ambiente (córnea e conjuntiva). Diferente do retinoblastoma (tumor da região interna dos olhos) que afeta as crianças, os tumores de superfície ocular acometem principalmente os adultos e idosos e é um problema cada vez mais frequente no consultório oftalmológico.

Para falar um pouco sobre o assunto, o nosso entrevistado dessa semana é o oftalmologista do Hospital de Olhos Rollemberg Góis (HORG), Dr. Fábio Xavier. Ele é especialista em superfície ocular e transplante de córnea pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Cinform Saúde – Quais tipos de câncer podem afetar a superfície ocular?
Fábio Xavier – Os principais tipos são os carcinomas e melanomas (semelhante ao câncer de pele). Estes tumores surgem diretamente da superfície ocular. Muito raramente encontramos metástases de outros órgãos na parte anterior dos olhos.

CS – Quais são os sintomas?
FX – Ardência, coceira, dor, e baixa visual são alguns dos sintomas que podem surgir com o câncer ocular de superfície. Em outros casos, o paciente pode permanecer assintomático por anos, até que se faça o diagnóstico com o oftalmologista.

CS- Quais os sinais que podem indicar um possível câncer ocular?
FX – Vermelhidão e carnosidades com crescimento rápido devem ser sempre investigados com cuidado para a pesquisa de neoplasias. Algumas tumorações malignas podem ser confundidas com pterígio (tumor benigno dos olhos). Por isso o olhar atento do especialista é fundamental para o diagnóstico correto.

CS -Quais os fatores de risco?
FX- Exposição solar, idade avançada, tabagismo e imunossupressão são os principais fatores que favorecem o surgimento destas neoplasias. Dentre esses, a exposição solar é a principal. Pacientes que passaram boa parte da juventude realizando atividades com exposição solar (como trabalhadores rurais) são o principal grupo em risco para o surgimento de lesoes malignas na parte externa dos olhos.

CS -Quais as opções de tratamento?
FX – O tratamento depende do tipo e do tamanho da lesão. Varia desde quimioterapia tópica (com colírio quimioterápico), até cirurgias para retirar apenas a lesão ou até mesmo todo o globo ocular

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