O Brasil vive atualmente um cenário de alta de casos de Covid-19. De acordo com o boletim divulgado na última sexta-feira, 3, pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), foram 36.189 casos registrados nas últimas 24 horas, porém esse número pode ser ainda maior. A explicação para essa crescente pode estar relacionada à baixa cobertura vacinal em segunda dose e o relaxamento das medidas de prevenção.

Apesar de Sergipe aparecer em queda no cenário atual, existe uma previsão de alta para o mês de agosto devido ao período pós-festejos juninos, como explica o professor Lysandro Borges, coordenador da Força-Tarefa Covid-19 da Universidade Federal de Sergipe (UFS).  “Sergipe está em queda atualmente porque não há realização de testes. Então, tem muita gente sintomática circulando e realmente não tem como aparecer nas projeções”, aponta.

O cenário preocupante divulgado pelo professor Lysandro Borges tem como base o monitoramento realizado pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, que é parceira da UFS. Segundo ele, a projeção para aumento de casos em Sergipe deve não somente ao pós-festejos juninos, mas porque os anticorpos começam a ficar mais fracos. “É normal isso acontecer”, afirma o coordenador da Força-Tarefa Covid-19.

 

Lysandro Borges, coordenador da Força Tarefa Covid-19 da UFS

Outro fator que está relacionado à previsão de aumento de casos é o relaxamento das medidas de prevenção, como uso de máscaras, higiene pessoal, distanciamento entre as pessoas e vacinação com dose de reforço (D3 e D4). Em Sergipe, segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), 78,53% da população está com a imunização completa e apenas 41,84% tomaram a terceira dose.

Municípios em alerta

Procurado pelo Cinform On Line, o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Dr Marco Aurélio Góes, disse que, apesar de ainda não refletir em números que causem impacto na internações e óbitos, já identifica um aumento, ainda pequeno, em casos confirmados. “A SES tem estimulado os municípios a manterem e intensificarem a realização de exames para o diagnóstico, principalmente nesse período onde teremos um aumento de aglomeração”, comentou.

De acordo com o diretor, na última reunião do colegiado intergestores estadual, foi feito um alerta para os gestores que há uma tendência ao aumento na transmissão em vários locais do país. “Avisamos que é fundamental que se mantenha a vigilância com a ampliação da testagem para todos os sintomáticos, a notificação dos casos e o isolamento por 10 dias dos casos positivos.  Também enfatizamos a importância de manter uma boa cobertura vacinal para que, mesmo que haja o aumento de casos, não tenhamos o aumento das internações e óbitos”, concluiu.

 

 

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