Editorial – Por Edvar Freire Caetano

Vladimir Putin, o plenipotenciário governante da Rússia, imaginou, nos seus sonhos loucos, que em três dias a Ucrânia se prostraria diante do poderio bélico do comunista, assim como ocorreu na Criméia, há poucos anos.
Não avaliou os riscos, o que deve pautar qualquer projeto. Existem riscos previsíveis e imprevisíveis a serem considerados em qualquer empreendimento. Quem estudou gerência de projetos conhece bem isso.
Ao se avaliar os riscos, estudam-se as respostas para cada intercorrência que surja diante da execução do projeto.
O grande erro de Putin, fruto de sua conhecida arrogância, foi ignorar esses riscos que são inerentes a qualquer projeto, mesmo que seja um projeto como o seu, de poder a qualquer custo, e mesmo que esse custo seja representado por milhares de vidas perdidas e destruição do patrimônio material de uma nação pacífica.
O risco previsível era a extensão territorial da Ucrânia. Agora, o imprevisível, que o aventureiro louco não imaginou, é a disposição heroica de um povo que não se entrega, liderado por um presidente que, de improvável coragem, agiganta-se diante dos invasores, peita o famigerado Lampião siberiano e rouba a cena na mídia mundial, para desespero do agressor.
Volodymyr Olexandrovytch Zelensky era um desconhecido no mundo ocidental. Sua esposa, Olena Zelenska, queixa-se de que a guerra separou Volodymyr da família. O homem virou herói mundial, recusou asilo oferecido por muitos países e decidiu permanecer na zona de guerra, motivando a resistência com o risco da própria vida.
Outro risco, imprevisível para a prepotência de Putin, foi a adesão da iniciativa privada ao esforço das nações da OTAN de boicotar a economia russa. São centenas de empresas, grandes empresas privadas, multinacionais – indústrias, bancos, serviços -, que se retiram do latifúndio putiniano em protesto pela agressão injustificada a um país vizinho e amigo.
Yuval Noah Harari, o consagrado escritor israelense de “21 lições para o século XXI”, declarou, em recente entrevista, que, independentemente do final dessa malsinada guerra, Vladmir Putin já é o grande derrotado, pela decadência de sua imagem perante o mundo.
Agora, parece difícil uma saída honrosa para Putin, enquanto fica patente uma lição para ele e para o mundo aventureiro, a de que não se admitem mais aventuras bélicas quando se põe em risco a estabilidade mundial.

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