Já há algumas publicações este colunista vem duvidando da pré-candidatura do ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), a governador este ano, e ainda mais após o voto o início do julgamento de seu recurso eleitoral pelo pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cujo relator e ministro Sérgio Banhos, apresentou um relatório totalmente contrário ao itabaianense, mantendo sua inelegibilidade e a favor da cassação do mandato do deputado estadual Talysson Costa (PL).
E aqui não se trata de qualquer desrespeito com Valmir, ou qualquer questionamento sobre suas “origens”, como alguns de seus aliados tentam propagar, mas por entender que o ex-prefeito de Itabaiana, ao lado do filho e deputado estadual, pode formalizar uma “dobradinha” bastante competitiva para a disputa proporcional, com chances reais de vitória nas urnas. Apesar da euforia de amigos e liderados, Valmir ainda precisaria montar um agrupamento para disputar o governo do Estado.
Após o voto do relator no STF, o também ministro Carlos Horbach pediu vistas do processo e o julgamento foi interrompido. É bem verdade que, tanto Talysson quanto Valmir, podem ser absolvidos, mas a depender do período e de outros fatores, a própria pré-candidatura a governador dele estaria prejudicada. Aliados dizem em alto e bom som que o governo do Estado teria interesse na manutenção da condenação, para “abrir o caminho” para o seu pré-candidato.
O Partido dos Trabalhadores, por sua vez, tentou argumentar que não tinha interesse no julgamento. Tanto que, seu presidente estadual e deputado federal João Daniel, em nota pública, negou qualquer ação vinculada ao Partido, mas estranhamente, assim como fez o PSD, o pré-candidato a deputado Róbson Viana (PT) solicitou para figurar como assistente no processo contra Valmir de Francisquinho. Sem fazer qualquer “juízo de valor”, isso é ou não demonstrar interesse no julgamento?
Em síntese, apesar da negativa de João Daniel, para este colunista o PT tem sim interesse no impedimento de Valmir de Francisquinho, assim como os demais, mas não pelo pedido de Róbson Viana, e sim porque o ex-prefeito de Itabaiana se consolidou como principal nome da oposição na disputa e o pré-candidato petista, senador Rogério Carvalho, ficou com seu projeto político extremamente prejudicado diante do crescimento de seu adversário.
Que o leitor/eleitor fique bem atento porque todo mundo tem sim interesse nesse julgamento de Valmir de Francisquinho; uns com mais, outros com menos; da situação, da oposição, mandatários, sem mandatos, prefeitos, vereadores; majoritários e proporcionais; lideranças políticas e comunitárias; e, principalmente, diversos setores da imprensa. Com exceção do Partido dos Trabalhadores e do deputado federal João Daniel, conforme a nota pública. Vai vendo…
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