Alexandr Wang cresceu à sombra do Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México, o local ultra-secreto onde os Estados Unidos desenvolveram sua primeira bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial. Seus pais eram físicos que trabalhavam em projetos de armas para os militares.

Agora ele segue praticamente o mesmo caminho: a Scale AI, empresa de seis anos de Wang com sede em São Francisco, já assinou três contratos no valor de até US$ 110 milhões (R$ 529 milhões), a depender das necessidades do governo, para ajudar a Força Aérea e o Exército dos Estados Unidos a usar inteligência artificial. Esse é um caso impressionante para um jovem de 25 anos.

A tecnologia da Scale analisa imagens de satélite muito mais rápido do que analistas humanos para determinar quanto dano as bombas russas estão causando na Ucrânia, sendo útil não apenas para os militares.

Mais de 300 empresas, incluindo General Motors e Flexport, usam a Scale, que Wang iniciou quando tinha 19 anos, para ajudá-las a extrair ouro de rios de informações brutas, como milhões de documentos de remessa ou imagens de carros autônomos.

“Todo setor está lidando com grandes quantidades de dados”, diz Wang, que apareceu na lista 30 Under 30 da Forbes em 2018. “Nosso objetivo é ajudá-los a liberar o potencial dos dados e turbinar seus negócios com Inteligência Artificial.”

Uma rodada de financiamento de US$ 325 milhões (R$ 1,5 bilhão) no ano passado avaliou a Scale, que gera uma receita estimada em US$ 100 milhões (R$ 481 milhões), em US$ 7,3 bilhões (R$ 35 bilhões).

A participação estimada de 15% de Wang vale US$ 1 bilhão (R$ 4,8 bilhões), tornando-o o bilionário mais jovem do mundo. O próximo mais jovem é Pedro Franceschi, de 25 anos, brasileiro cofundador da Brex.

Quando criança, Wang era um gênio da matemática que entrou em competições nacionais de matemática e codificação. Na 6ª série, ele se inscreveu em sua primeira competição nacional com a intenção de garantir um ingresso gratuito para a Disney World.

Ele não ganhou a competição, mas garantiu sua viagem ao reino mágico. Aos 17, ele trabalhava em tempo integral com codificação no site de perguntas e respostas Quora, onde conheceu a cofundadora da Scale, Lucy Guo.

Ele fez um desvio rápido para o MIT para estudar machine learning e começou a Scale no verão após seu primeiro ano, com um investimento da Y Combinator. “Eu disse aos meus pais que seria apenas uma coisa que eu faria no verão”, diz Wang. “Obviamente, eu nunca mais voltei para a escola.”

 

 

 

FORBES

 

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