Com propostas de lucros muito maiores do que os praticados no mercado e com retorno em curto espaço de tempo. É esse o cenário utilizado pelos cibercriminosos para os golpes envolvendo moedas digitais, que são conhecidas como criptomoedas. Os golpistas enviam links por aplicativos de mensagem e também por redes sociais apresentando os supostos benefícios do investimento. No primeiro momento, as vítimas até chegam a receber algum retorno financeiro, porém, ao investirem cada vez mais, acabam perdendo todo o dinheiro envolvido na transação financeira.

De acordo com a delegada Lauana Guedes, como não há regulamentação legal da circulação das criptomoedas, as investigações tornam-se mais complexas. “Em virtude disso, fica um pouco difícil de fazer investigação, até porque tudo que envolve a criptomoeda, por exemplo, Bitcoin que é bem comum, os dados que são propagados ali são criptografados e a moeda circula pelo mundo inteiro”, evidenciou

Conforme detalhou a delegada, as negociações envolvendo moedas digitais são mais seguras com o registro na ABCripto, que é uma associação que tem como objetivo garantir a segurança das transações envolvendo moedas digitais.

“As pessoas têm que ter cuidado na hora de investir. Tem empresas que são verdadeiras e a gente pode verificar de modo fácil se aquela investidora é realmente uma empresa fidedigna e confiável. Toda empresa tem que ter o registro e é uma forma de perceber se aquele investimento está sendo utilizado de forma correta”, alertou Lauana Guedes.

O que os cibercriminosos prometem?

Segundo a delegada Suirá Paim, os cibercriminosos que atuam com golpes envolvendo criptomoedas prometem retornos financeiros em curto espaço de tempo. “É um golpe novo, e existe a situação de os golpistas utilizarem, com engenharia social, o investimento em criptomoeda com promessas de lucros exorbitantes em um curto espaço de tempo. A vítima tem que estar atenta para isso. Existem estabelecimentos próprios para investimento em criptomoedas, todo um mecanismo para investir de forma segura”, enfatizou.

Como os cibercriminosos agem? 

Suirá Paim evidenciou que as propostas de investimento que resultam em golpes são encaminhadas através de links em aplicativos de mensagem e também por meio das redes sociais. “Você deve procurar um estabelecimento oficial. Porque todos os casos que chegaram aqui foi através de um conhecido, de alguém investindo em criptomoeda e que recebeu a promessa de lucros exorbitantes, transferindo valores e chegando à pirâmide financeira”, alertou.

Caí no golpe da criptomoeda, o que faço?

É fundamental fazer o registro do boletim de ocorrência na Polícia Civil. “Registrar a ocorrência, trazer todos os meios de prova que conseguir reunir, como por exemplo, e-mail de comunicação com o fraudador, conta fornecida para a transferência de valores, as conversas mantidas por e-mail, WhatsApp, por qualquer meio de comunicação. Imprima esse material e procure a delegacia. Vamos registrar a ocorrência e verificar se foi uma pirâmide financeira, se havia risco ou se efetivamente foi um golpe”, explicou Suirá Paim.

 

 

SSP/SE

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