O município de Rosário do Catete, localizado no Leste Sergipano, celebrou no sábado (12), 186 anos de Emancipação Política. A Prefeitura preparou uma programação com atividades religiosas, esportivas, administrativas e culturais, que foram desenvolvidas em diversos pontos da cidade. 

Capitania Hereditárias (Mapa: Manoel Maurício de Albuquerque)

A história do município remete ao ano de 1575, quando o governador da Bahia, Luís de Brito e Almeida, delegou o início da colonização em Sergipe. Soldados entraram em confronto com os índios, atingindo o cacique Surubi fatalmente. Os caciques Serigy, Siriri, Pacatuba, Japaratuba e Aperipê se uniram para combater os invasores portugueses, mas só conseguiram resistir ao forte até 1590, ano em que Cristóvão de Barros fundou a cidade de São Cristóvão. A quarta cidade mais antiga do Brasil tinha se tornado sede do governo da Capitania Sergipe Del Rey, sob a tutela da Capitania da Bahia de Todos os Santos, que somente se tornou independente em 08 de julho de 1820, por promulgada por Decreto pelo rei Dom João VI. 

O território de Rosário do Catete estava localizado entre os rios Cotinguiba e São Francisco, onde vivia o Cacique Siriri, que foi morto pelos portugueses. Na divisão das terras entre os europeus, a área que corresponde ao território rosarense ficou destinada à plantação de cana-de-açúcar, cultura que até os dias atuais é mantida em grande parte de suas terras. Segundo historiadores, os escravos, que trabalhavam nos engenhos da forte região econômica, encontraram uma imagem de Nossa Senhora do Rosário, onde foi construída uma capela, dando início a Aldeia de Nossa Senhora do Rosário, nas terras que pertenciam ao Engenho Jordão, cujo proprietário era o senhor Jorge Almeida Campos.

A povoação de Rosário começou a crescer graças à riqueza natural, atraindo diversos comerciantes portugueses que estavam instalados em Maruim. Por conta disso, em 1828, a Câmara da Vila de Santo Amaro das Brotas, importante pelo prestígio político e administrativo, transferiu a sede da Vila de Maruim para Rosário, fato que gerou revolta e uma guerra entre os moradores de Maruim e Santo Amaro, onde foi necessária a intervenção da Província de Sergipe. Mas, em 3 de fevereiro de 1831, a Freguesia de Nossa Senhora do Rosário voltou a pertencer à Vila de Santo Amaro das Brotas. Em 12 de março de 1836, torna-se a Vila de Nossa Senhora do Rosário do Catete.

Praça Dr. Clodoaldo Passos (Foto: Keizer Santos)

Rosário do Catete continua sendo um polo econômico com o solo rico em minerais, grandes plantações de cana-de-açúcar e forte vocação agrícola. O município é conhecido por ser a terra dos governadores Luiz Garcia, Leandro Maynard Maciel, e Augusto Maynard Gomes. Foi em Rosário do Catete, que os ex-vice-governadores Edézio Vieira de Melo e Manoel Cabral Machado nasceram. Terra de João Gomes de Melo, o Barão de Maruim, grande influenciador pela transferência da capital de São Cristóvão para Aracaju, em 1855.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rosário do Catete possui uma população estimada em 11.158 pessoas (2021).

 

Por Keizer Santos

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