‘Sou eu que vou seguir você do primeiro rabisco até o bê-a-bá’

O que médicos-cirurgiões e juízes tem em comum? O mesmo que uma cantora e um administrador de empresas hoje tem: o enroladão do Arquidiocesano, que foi muito além do bê-a-bá e repousa sobre a memória afetiva de milhares de estudantes que provaram esse lanche no recreio de suas infâncias.

Nana: muitos enrolados já passaram por suas mãos

Fundado em 1960 pelo monsenhor José Carvalho de Souza, o tradicional colégio foi formando seus cidadão aos longo do tempo à base de conhecimento e do enroladão de Dona Creusa, dona da lendária cantina, que depois vendeu pra Dona Márcia, que – em contrato – comprometeu-se a manter a tradição.

No filme Exterminador do Futuro VII, em sua passagem por Aracaju, uma coisa já é certa no roteiro: um buraco na Rua Dom José Thomaz com uma placa fincada com os dizeres “Volta Edvaldo Neto” e uma cantina com o enroladão.

Nana Duarte, na cantina há 27 anos, nos confessou que antigamente ali, se os funcionários não segurassem o balcão, tinha invasão pra pedir o enroladão – R$ 3,50 – hoje produzido pelo padeiro Jamisson. ‘Chegam muitos pais de alunos, que foram alunos, e vem aqui direto comer o enroladão’, dizem os funcionários.

Embaixo das mangueiras que contam histórias ali vividas aos passarinhos, provamos o Highlander dos lanches de colégio. Ele é um pãozinho com queijo coalho, presunto, orégano e azeite. Simples. Mas tem afetividade. Pra acompanhar, um suco de maracujá gelado pra reviver os velhos tempos com a turma.

Nos áureos tempos, chegaram a ser produzidos até 21 bandejas. Com as mudanças da cidade, muitos estudantes foram pra outras instituições, mas o enroladão resiste mesmo hoje saindo uma bandeja somente. ‘Pessoal agora gosta de hambúrguer gourmet, brownie’.

São jovens e tem muito o que aprender.

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