Instituição com mais de 90 anos de existência está na vanguarda na utilização de motocicletas em suas patrulhas e hoje é destaque internacional na excelência em fazer escoltas

motociclismo faz parte da própria história da Polícia Rodoviária Federal. No dia 24 de julho de 1928, na época o presidente da República Washington Luiz não imaginava que estava criando uma instituição que marcaria a história do Brasil. Alguns homens patrulhavam com as suas motocicletas Harley-Davidson a rodovia que ligava a cidade do Rio de Janeiro à Petrópolis. Antônio Félix Filho, o ‘Turquinho’, foi considerado o primeiro patrulheiro rodoviário federal. E hoje, quase um século depois, a PRF é parâmetro nessa atribuição.

Após a segunda guerra mundial, em 1947, o Brasil recebeu a visita do presidente dos Estados Unidos da América, Henry Trumam. Para participar do encerramento da Conferência Interamericana da Paz, realizada na cidade de Petrópolis/RJ. Para a realização da escolta, foi confiada à Polícia das Estradas, ou seja, à Polícia Rodoviária Federal, esta importante missão. Para isso, foram adquiridas dez motocicletas Harley-Davidson. Assim, no dia 05 de setembro de 1947, realizou-se a primeira “escolta” da PRF.

O primeiro evento de grande porte no Rio de Janeiro com a utilização de motociclistas batedores foram os jogos Pan-Americanos de 2007. Na ocasião, ficou notória a expertise da Polícia Rodoviária Federal de realizar escoltas em grandes eventos.  Posteriormente, aconteceram outros  eventos, inclusive de porte mundial,  como a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e Olimpíadas de 2016 e novamente a PRF foi destaque na realização de escoltas.

O comprometimento dos motociclistas batedores faz parte da própria essência da PRF. Esses profissionais exercem com excelência escoltas de autoridades, delegações esportivas, produtos perigosos, cargas superdimensionadas; participam de cortejos; desfiles em datas comemorativas e em tempos difíceis como os de hoje com a pandemia de covid-19, possuem um papel de suma importância na entrega eficiente de vacinas e oxigênio, basta lembrar que a malha rodoviária transporta 75% de tudo o que é produzido no país.

Em média, o curso de batedor da PRF é de 240 horas, das quais 200 horas são de prática para garantir a excelência na condução, sendo abordadas técnicas de pilotagem, frenagem e posicionamento em motocicleta, além de planejamento e técnicas de escolta. Os modelos de motocicletas utilizados hoje pela PRF são: Honda NC700X, BMW GS800 e Harley Davidson Police Road King.

O motociclista Renato da Conceição explica: “realizar escolta no Rio de janeiro é algo muito peculiar, pois existem inúmeros locais de conflito e às vezes a equipe se depara com um arrastão na via, sendo um lugar bem atípico para se trabalhar, mas estamos muito bem preparados e nunca perdemos o foco até porque o Rio de Janeiro foi sede de todos os grandes eventos realizados no país nos últimos anos”.

O Brasil é sede da 47ª edição da Copa América, a principal competição de futebol entre as seleções nacionais da América do Sul, a edição deste ano teve início em 13 de junho, e o Rio de Janeiro novamente é uma das cidades-sede. Será um mês de trabalho intenso, em que o grupo de motociclistas, antes mesmo do início do evento, já se faziam presentes com o reconhecimento das principais rotas para que a escolta seja eficaz e a competição ocorra de maneira segura.

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