Como reforço às ações de combate à violência contra a mulher, é celebrado, nesta quinta-feira (29), o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. A data foi instituída pela Lei de nº 8.375, de 20 de dezembro de 2017, de autoria da deputada estadual Goretti Reis. Em Sergipe, segundo os dados da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (Ceacrim), houve uma redução de 33,3% nos casos desse tipo de crime contra a vida da mulher entre 2020 – com 14 registros – e 2019 – com 21. Em 2021, até este mês de julho, foram oito mulheres que perderam a vida em crime de feminicídio.

O feminicídio, que é a morte da mulher em razão de gênero, é a consequência mais grave da violência doméstica. De acordo com o Atlas da Violência 2020, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2018, uma mulher foi assassinada no Brasil a cada duas horas, totalizando 4.519 vítimas. Ainda segundo a pesquisa, embora 2018 tenha apresentado uma tendência de redução da violência letal contra as mulheres na comparação com os anos mais recentes, ao se observar um período mais longo no tempo, é possível verificar um incremento nas taxas de feminicídios no Brasil e em diversos estados.

A delegada Renata Aboim, da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) vinculada ao Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), destacou que, apesar do maior tempo dentro de casa, os números de violência doméstica no estado não apresentaram alta em 2020. “Felizmente, ainda que num ano bem difícil de pandemia, em que as pessoas foram obrigadas a ficar confinadas em casa, em Sergipe, não verificamos aumento na violência doméstica. Os números de denúncia foram similares aos de 2019, porém, continuamos alertando às mulheres para que denunciem o quanto antes”, enfatizou.

Nesse enfrentamento à violência doméstica e proteção da vida da mulher, há também a atuação da Ronda Maria da Penha, da Polícia Militar. A capitã Fabiola Goes, coordenadora de ações de enfrentamento à violência doméstica, ressaltou que o projeto atua na defesa da mulher contra os agressores e pediu a colaboração de toda a sociedade na defesa da vida das mulheres. “É um serviço que leva às mulheres a segurança que elas precisam. Só as mulheres que passam por violência podem relatar o sofrimento, que também chega a toda a família. Mas precisamos da ajuda de todos. Orientamos as pessoas que denunciem. É preciso que todos se unam nesse enfrentamento”, reforçou.

As denúncias de violência doméstica podem ser feitas pelas próprias vítimas e também por qualquer pessoa que presencie ou tenha conhecimento dessas situações. Nos casos em que a violência esteja ocorrendo naquele momento, a Polícia Militar pode ser acionada pelo 190. Há também o Disque-Denúncia (181), da Polícia Civil, e o telefone (79) 3205-9400, do DAGV. “Acreditamos que a denúncia precoce consegue barrar a violência e evitar que evolua até um feminicídio. O agressor sempre dá sinais. Ele demonstra ciúme excessivo. Começa de forma sutil, mas que, com o tempo, vai demonstrando cada vez mais o sentimento de posse com relação à vítima”, concluiu Renata Aboim.

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