O metanol é o principal composto presente nas bebidas adulteradas. Por isso, nesta época que remete às festas juninas, o Instituto de Pesquisas e Análises Forenses (IAPF) alerta sobre o cuidado com as bebidas alcoólicas, para que não haja a ingestão daquelas que possam estar adulteradas. O consumo do metanol pode causar efeitos nocivos como a intoxicação pelo composto químico. O álcool metílico, hidrato de metila ou, simplesmente metanol, é um tipo de álcool altamente inflamável, com características de solvente, que possui propriedades similares às do etanol. Entretanto, sua toxicidade é muito maior.

Em casos de pirataria, por ser mais barato que o etanol, algumas pessoas mal intencionadas adicionam o metanol ao álcool etílico, comumente ingerido em bebidas como a cachaça. O IAPF recebeu algumas amostras de bebidas para serem analisadas e, graças à aquisição de novos equipamentos, essa análise pode ser realizada em Sergipe, não tendo mais a necessidade de envio do material para laboratórios de outros estados.

Com os novos equipamentos, a exemplo do Espectrômetro – FTIR – , que é capaz de identificar os componentes das substâncias, o IAPF analisa elementos químicos contidos em bebidas alcoólicas falsificadas. Por meio do equipamento, os peritos da instituição também identificam e analisam esses produtos, muitas vezes vendidos como originais.

Por isso o IAPF, ao identificar a adulteração, notifica as autoridades através do laudo pericial e também faz o alerta à sociedade sobre os riscos dos componentes químicos identificados nas bebidas adulteradas. O perito criminal Nailson Correia alertou que, numa das perícias realizadas pelo Instituto de Pesquisas e Análises Forenses, os peritos detectaram alta concentração de metanol e com teor alcoólico acima do permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“O Laboratório de Química do IAPF vem recebendo novos equipamentos para elucidação destes e outros tipos de crimes que envolvem componentes químicos. Uma perícia feita esta semana preocupou e muito os peritos deste laboratório devido a alta concentração de metanol encontrado numa bebida com o teor alcoólico acima do permitido pela Anvisa. O metanol, que é um álcool tóxico, pode causar falta de ar, convulsões, cegueira e outros problemas de saúde”, enfatizou.

Nesse sentido, o perito criminal Nailson Correia concluiu enfatizando a necessidade de verificar a procedência do produto de modo a garantir a saúde. “Os líquidos falsificados representam, acima de tudo, um risco à saúde. O máximo de metanol permitido nos destilados pela legislação brasileira é 0,25ml/100 ml de álcool anidro, limite que geralmente é desrespeitado nas bebidas”, pontuou informando.

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