A dúvida sobre com que goleiro o Flamengo começa a disputar a final da Copa do Brasil, nesta quinta-feira, às 21h45m, no Maracanã, mobilizou a torcida e a comissão técnica ao longo da semana. O técnico Reinaldo Rueda observou Alex Muralha e o jovem Thiago nos treinamentos e tentará ser racional para escolher quem enfrenta o Cruzeiro. A questão é que qualquer opção não será unanimidade. Isso reflete a principal dificuldade do clube na temporada. A chegada de Diego Alves depois do prazo de inscrição de nada adianta.
— Sem dúvida, sim, não é uma decisão fácil. Tem a questão sociológica frente à torcida, a parte psicológica para com o grupo, especialmente Muralha, mas buscamos analisar o melhor para a equipe. Falamos com eles no campo, o psicólogo trabalhou com os goleiros também, além do professor Vitor Hugo — comentou o técnico.
COM OU SEM CENTROAVANTE
Rueda não confirmou o escolhido no gol. A tendência, porém, é que Alex Muralha seja mantido depois de voltar à equipe nas fases anteriores. Segundo o técnico, o jogador foi cobrado a assumir sua responsabilidade.
— É um jogador maduro, inteligente, equilibrado. Ele precisa assumir sua responsabilidade diante da equipe. O grupo tem sido solidário. Tem trabalho bem, não perdeu a alegria — disse.
— É a situação de todos os times grandes. Corresponder ao que exige o torcedor. Que é paixão, emoção. O jogador precisa se blindar. Que essa energia e estímulo seja a nosso favor. Falar é muito fácil. No campo é preciso controlar a emoção. Jogar para o torcedor, mas jogar para o negócio, que são os três pontos — ensinou.
A escolha no gol é a mais difícil, mas não a única. Sem Paolo Guerrero, suspenso, e Vizeu, machucado, o Flamengo vai atuar sem centroavante de ofício. E pode de fato abrir mão de uma peça na posição. As opções testadas foram Berrío e Lucas Paquetá. A outra foi com Vinícius Júnior ao lado do colombiano, com Diego e Éverton chegando de trás e entrando na área. Depois de ajustar a defesa, o técnico Reinaldo Rueda tenta inovar na forma do time atacar.
A dependência de Guerrero para a fluidez do jogo é óbvia. Berrío, pelo porte, poderia fazer a função, mas o time perderia sua velocidade e sua recomposição. Recuar Éverton e dar liberdade a Vinícius Júnior é a opção que ganha força. Sobretudo porque Diego também ganha liberdade. Se optar por Paquetá no comando do ataque, a estrutura do time se mantém, com Berrío e Éverton nos corredores, e Diego centralizado. O colombiano como “falso nove”, como jogou com Rueda no Atlético Nacional (COL), daria a agressividade desejada. Tudo indica que o Flamengo vai começar de um jeito e pode terminar de outro.
— Trabalhamos as duas possibilidades. Jogar sem centroavante ou com centroavante. Do ponto de vista estratégico estamos preparados para as duas situações. Tudo depende como se interpreta o jogo, como o rival reage — destacou Rueda. A ideia é garantir boa vantagem para o jogo de volta no próximo dia 27, em Belo Horizonte.
Na quarta-feira, o Flamengo assinou contrato de opção de compra de um terreno com cerca de 160 mil metros quadrados para a construção do seu estádio, entre os bairros de Benfica e Manguinhos. A ideia é abandonar de vez o Maracanã. A notícia foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim na internet. O clube confirmou a informação.
Cruzeiro: Fábio, Ezequiel, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Hudson, Thiago Neves, Robinho e Alisson; Rafael Sobis.
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