Assim que tivermos vencido a pandemia, Lucas Jamaica vai figurar muito na cena cultural sergipana. O artista é um dos contemplados pelos editais da Lei Aldir Blanc e, agora, tem muito trabalho para fazer nesta quarentena que já dura um ano. Lucas vai produzir um EP com cinco músicas autorais e um livro de poesias, ambos por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e com lançamentos previstos para este semestre.

Lucas é um artista nato: canta, toca, compõe, atua, escreve e até se arrisca nos passos de dança. A música é, atualmente, a mais forte em sua vida. Ele compôs a primeira letra com cerca de oito anos de idade e, com 15, decidiu que seria músico profissional. E, assim, ele vai traçando sua trajetória. Cria da terra, Lucas tem toda sua formação constituída em Sergipe. Está se formando em saxofone e teoria musical no Conservatório de Música de Sergipe, além de ter feito cursos de violão e flauta na Escola de Artes Valdice Teles e outras capacitações, como canto e técnica vocal, sonorização e improvisação.

Aliás, é no saxofone e na música instrumental que o jovem de 24 anos tem se encontrado nos últimos anos. Ele toca em bares e também nas ruas da cidade, onde sente a boa receptividade do público. Como artista de rua, Jamaica deu vida ao projeto Sax na Rua, quando fez um mochilão por vários estados brasileiros. tocando o instrumento e conhecendo os diversos cantos do país.

Também já deu aulas de canto para atores de um grupo de teatro do qual participou; de teoria musical, canto coral e flauta doce pra crianças do ensino fundamental em escolas públicas, através do Programa Novo Mais Educação, e deu aulas particulares de sax e flauta, até meados do ano passado.

Agora, o aracajuano quer mergulhar mais fundo na arte que não sai de sua cabeça desde que se entende por gente. “Sempre escutei músicas dentro da minha cabeça quando estava em silêncio, tudo sempre virou música pra mim. Já as escuto prontas na minha cabeça, todos os instrumentos, efeitos, tudo. É como se elas caíssem do céu, ou como se estivessem tocando em uma rádio sintonizada na minha mente”, descreve.

EP
O EP não será de música instrumental. Lucas vai botar sua voz para jogo e praticar a teoria que estudou e compartilhou com alunos. A intenção é traduzir o mix de ideias e sensações que borbulham em sua mente. “Gosto de misturar estilos, ritmos; também sempre sonhei criar algo inovador. Quero fazer músicas que as pessoas gostem, dancem e se entreguem ao som”, afirma Lucas, que promete também diferentes sonoridades e efeitos musicais no EP.

Livro
Com muita imaginação, as histórias correm solta na mente de Lucas Jamaica. Elas viraram canções, desabafos e poesias no papel. Agora é hora de se organizarem em um livro, cujas temáticas principais são: o místico, o crítico e o apaixonado, três aspectos que, segundo o artista, são centrais em sua personalidade. “Quero que as pessoas se identifiquem com algo que já viveram ou tenham curiosidade de viver. E também transmitir mais de quem sou, através da escrita.”

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