O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária publicou, no Diário Oficial da União, resolução que recomenda, a autoridades da saúde, dar prioridade à vacinação de servidores e pessoas privadas de liberdade, no âmbito do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra o Covid-19.

Citando dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), a Resolução nº14 lembra que 42.517 presos foram contaminados pela covid-19 entre março de 2020 e janeiro de 2021. Desses, 133 presos morreram por causa da doença. Na comparação com a população brasileira, a taxa de infecção foi 47% maior, Já a de letalidade foi 87% menor.

As visitas sociais foram interrompidas em todos os presídios do país desde março de 2020. Apenas as visitas presenciais e atendimentos de advogados estão sendo retomados, mas de forma gradual em alguns estados. Em meio a esse contexto, o principal contato entre a população prisional e o mundo exterior passou a ser o de servidores dessas instituições penais.

A resolução acrescenta que “quanto maior a demora da vacinação no sistema prisional, maiores serão os gastos em 2021 com a prevenção e assistência à saúde da massa carcerária”. Além disso, lembra que o aumento de infectados na população prisional pode acabar demandando ocupação de vagas em estabelecimentos hospitalares, “sobrecarregando ainda mais o sistema de saúde pública”, além de possibilitar a libertação de mais presos, conforme previsto pela Resolução 62 do Conselho Nacional de Justiça.

Diante dessa situação, a resolução publicada hoje recomenda às secretarias estaduais de Saúde que preparem planos operacionais, em parceria com as administrações penitenciarias, para viabilizar a vacinação de policiais penais e pessoas privadas de liberdade, observando as fases e o calendário previstos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19.

Ao Ministério da Saúde e às secretarias estaduais de Saúde, a resolução recomenda que incluam, no rol das pessoas a integrar o grupo prioritário de vacinação, “todos os demais profissionais (estagiários, terceirizados, policiais militares, etc) que atuem nas unidades de custódia de pessoas privadas de liberdade, dado o risco inerente às atribuições”.

 

Agência Brasil 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

  • DER/SE instala câmeras de videomonitoramento na Rodovia SE-200 em Propriá

    O início de fiscalização da via está previsto para o [...]

  • Forró Caju 2025: Camarote da Acessibilidade terá capacidade para 120 pessoas por noite

    Entre os dias 18 e 29 de junho acontece o [...]

  • Projeto autoriza e regula uso de ‘tasers’ pelos cidadãos

    Projeto de lei em tramitação no Senado regulamenta o uso [...]

  • Comissão aprova identificação genética obrigatória para todos os condenados por crimes

    A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou [...]

  • GACC Sergipe participa do ‘Festival ABCR 2025’, maior evento de captação de recursos da América Latina

    O Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Sergipe [...]