A Caravana de Lula pelo Nordeste ganhou uma nova personagem e relembrou os velhos tempos do Partido dos Trabalhadores com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Parecia mais um palanque eleitoral em campanha para Presidência da República. O alvo desta vez não foi Aécio Neves, nem Michel Temer. A petista bateu no Poder Judiciário, atacou o juiz Sérgio Moro e criticou a celeridade processual do TRF 4ª. Região, que vai julgar a apelação de Lula da Silva na tentativa de mudar a decisão de primeiro grau de jurisdição.
Esse ato político com a presença de Dilma aconteceu nesta sexta-feira (25), em Ipojuca (na Grande Recife), no Estado de Pernambuco, em uma manifestação contra a Operação Lava Jato e a condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro.
Em seu discurso, Dilma fez referência indireta à informação de reportagem do jornal “Folha de São Paulo” desta sexta-feira que mostra que o recurso de Lula foi o mais rápido para chegar a segunda instância (42 dias) depois da sentença de Moro. Em nota, o juiz disse que os prazos do processo foram estritamente seguidos.
“Eles farão um enorme esforço que não mude essa situação(de destruição das conquistas petistas). Um desses esforços vi ser usar sempre dois pesos, duas medidas. Eles tentarão impedir que ganhemos a eleição outra vez, que nós ganhemos com o presidente Lula. Mas nós temos de resistir, disse Dilma.
Caso a segunda instância mantenha a condenação de Lula, o petista pode ficar impedido de disputar a Presidência em 2018.
Minutos depois da fala de Dilma, o perfil da ex-presidente citou a reportagem da “Folha”. ”Um retrato da justiça brasileira. Enquanto meu recurso contra o impeachment aguarda a um ano uma posição do STF, o TRF DA 4ª. Região, em tempo recorde, deu início à tramitação do processo contra o presidente, escreveu.
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