Evento acontece de sexta a domingo no Riomar Aracaju e contará com diversas atividades

A cachaça é considerada o destilado mais consumido pelos brasileiros. Segundo dados do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), são mais 520 milhões de litros bebidos anualmente, ficando atrás apenas atrás da cerveja. O setor conta com cerca de 40 mil produtores e é responsável pela geração de aproximadamente 600 mil empregos diretos e indiretos.

E é pensando em mostrar o potencial e a diversidade da bebida, sobretudo aquela produzida no estado, que o Sebrae promove entre os dias 4 e 6 de dezembro, o I Festival Cachaças de Sergipe. O evento, que acontece das 15h ás 20h30 no Riomar Aracaju, vai contar com aulas, degustações do produto, preparo de receitas e rodas de conversa com os produtores.

Durante os três dias o público terá a oportunidade de conhecer diversos tipos de cachaça fabricadas por quatro dos principais produtores do estado (Xingó, Boa Luz, Lira e Reserva do Barão), além de descobrir como preparar drinks utilizando a bebida e conhecer um pouco mais sobre o seu processo de fabricação.

As atividades serão comandadas por Ana Laura Guimarães, mineira de Belo Horizonte, especialista em cachaça e responsável pelo blog Cachaciê, um dos principais veículos de comunicação sobre o tema no Brasil.

“ Apesar de ser um produto tipicamente nacional, o brasileiro ainda não valoriza a cachaça e por isso ainda encontramos muito preconceito em relação ao seu consumo. A ideia do festival é ajudar a quebrar essa barreira e mostrar que o nosso destilado é tão bom quanto outros importadas e vendidos por valores muito mais altos. Os produtores sergipanos têm investido na modernização dos seus processos e já temos aqui produtos reconhecidos pelo mercado e premiados nacionalmente”, explica a analista técnica do Sebrae, Luciana Oliveira.

A origem da cachaça

Embora não exista uma versão definitiva sobre o surgimento da cachaça no Brasil, registros históricos apontam que ela começou a ser produzida por aqui por volta de 1516. O estudioso Luís da Câmara Cascudo garante que ela surgiu na cidade de São Vicente, em São Paulo, mas há versões que defendem que a sua origem se deu nos engenhos da região de Itamaracá, em Pernambuco.

A bebida foi conquistando o paladar dos brasileiros ao longo do tempo e o seu sucesso levou a Coroa portuguesa a proibir a sua venda em 1649 com forma de tentar evitar a queda no consumo de vinho importado de Portugal. Essa proibição ajudou a estimular um sentimento nacionalista e durante a Revolução Pernambucana de 1817 a bebida tornou-se um dos símbolos da luta contra o domínio português. Em 1997, um decreto assinado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso aprovou um regulamento instituindo a cachaça como um produto tipicamente nacional.

Apesar das diferenças regionais no método de produção, o destilado para ser chamado de cachaça precisa seguir alguns pré-requisitos definidos na Instrução Normativa Nº 13, de 29 de junho de 2005. Ela deve ter teor alcoólico entre 38% e 48%, a vinte graus Celsius, além de cana-de-açúcar como única matéria-prima e ser, obrigatoriamente, produzida do caldo fresco extraído da cana, chamado também de garapa ou suco da cana.

Um levantamento feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária divulgado deste ano mostra que a produção de cachaça e aguardente está presente em mais de 800 municípios do Brasil, distribuídos em 26 unidades da federação. Atualmente são mais de quatro mil marcas registradas.

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