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AMARAL CAVALCANTE, REQUIEM AETERNAM
“A crônica retrata a vida cotidiana das pessoas. Retratar o meu tempo em crônicas é guardar para a história o que nós fizemos durante minha vida”, falou isso no lançamento do livro “A vida me quer bem” que foi seu último suspiro poético, entre tantos que deu vida ao seu caminhar por aqui.
Quando assisti ao filme “Sociedade dos poetas mortos”, gravei uma fala do mestre aos seus alunos: “Fui às florestas sugar a essência da vida, para que não ao morrer, sinta que não vivi”.
Foi uma vida intensa, cheia de aventuras e coalhada de amigos sinceros, que estavam sempre ao seu redor, “como galhos de oliveira em volta de sua mesa”. Não tive esse prazer! Acompanhei de longe a passagem de Amaral, ouvindo daqui e dali comentários acerca do homem que dividia opiniões, lendo seus escritos…
Sua opção pela crônica diz muito da atual leveza de alma, ou do cansaço de tantas e tão grandes batalhas, porque, como dizia um grande mestre do jornalismo brasileiro, não recordo se Carlos Castelo Branco ou Eric Nepomuceno, “A crônica… É como um cafezinho no meio da leitura [densa]”.
Então, como foi às florestas e sugou a essência da vida, vivendo tudo que a vida lhe deu e mais um pouco, resta para Amaral Cavalcante, além das boas lembranças dos familiares queridos e dos amigos sinceros, um merecido REQUIEM AETERNAM.