A pandemia do novo coronavírus continua e para evitar a contaminação e garantir a segurança da população, a Organização Mundial da Saúde recomenda o isolamento social que está sendo seguindo em Sergipe. Os eventos estão cancelados mas a expectativa é que tudo isso passe a vida volte ao normal com muita alegria. Para matar a saudade da ‘Mulher sem coração’, o Olho Vivo bateu um papo bem bacana com a sua intérprete, Adalgiza, que recordou o início da sua carreira, dueto com Lairton e faz planos para retornar aos palcos após a quarentena.

Confira a entrevista na íntegra
OV – Quando você descobriu o dom de cantar?
AD
– Ainda pequena eu e minha irmã participávamos de eventos na cidade onde morávamos (Campo do Brito) com meu pai. Minha irmã cantava e eu tocava, às vezes triângulo outras, zabumba. Um dia minha irmã adoeceu e então meu pai me colocou pra cantar no lugar dela e aqui estou.

OV-Como começou a sua carreira?
-Saindo de profissão de doméstica pra trabalhar em salão de beleza, fui convidada para cantar na Banda Biah Boys aqui de Sergipe que fiquei por uns dois anos eu acho. Fiz um trabalho com a Banda Menina Levada mas não chegou ser lançado. Fiz algumas participações na Raio da Silibrina que também não foi muito longe mais que me ajudou muito nos ramos.

OV-Recebeu apoio da família? como foi?
-Saí com 11 anos de casa pra trabalhar na casa de uma prima, cresci vendo muito pouco a família, cada fase de minha vida, sendo doméstica, cuidadora, babá, manicure e cantora. Foi somente Deus e eu.

OV-Como foi o seu primeiro show? onde foi?

Foi um sonho e um susto por que meu primeiro show foi em Pirambu, bem pertinho de Barra Dos Coqueiros, cidade onde moro. Todos ficaram eufóricos para saber quem era a “Mulher sem coração” e eu muito nervosa, mas feliz vendo aquela multidão no meu primeiro público como Adalgiza, foi mágico e o show foi lindo.

OV-Quando você percebeu a sua carreira decolou?
-Em poucos meses depois do meu primeiro CD com a participação de Lairton ‘O Moranguinho do Nordeste’, Entre participações em um disco de outros artistas, o aumento dos shows e a alegria dos fãs de todo lugar que eu ia. Não demorou muito para esse sonho decolar, mesmo sabendo que muito ainda tenho a explorar.

OV-Como surgiu ‘A mulher sem coração’?
-Antes de Adalgiza, era Ilma Muniz, um trabalho de muitas horas de dedicação feito com muito amor em barzinhos. Em um dia, meu marido na busca de um estúdio para gravarmos um CD bacana acabou entrando em contato com Palito e mandou algumas músicas que tínhamos gravado em casa, mas o mesmo nos disse que não estava gravando outras bandas. Então as músicas que enviamos gerou um interesse de sua parte, ele entrou em contato com meu marido falando que tinha propostas mas que queria conversar por ter gostado da voz ‘muito comercial’. Marcamos uma reunião, onde conhecemos também o grande Beto Caju, suas ideias e super composições que sou fã, nos apresentou a ideia de eu ser “A mulher sem coração” ,uma imagem de uma mulher um pouco extraída da música de Júlio Nascimento mas com a cara da mulher moderna e assim nasceu Adalgiza “A Mulher Sem Coração”.

OV -Quantos discos já gravou? qual seu maior sucesso?
Gravei 11 CDs e 3 DVDs. Os maiores sucessos são: “Eu quero ver você sofrendo”, com participação de Lairton e “Machuca Adalgiza”, com participação de MC Serginho.

-Como você avalia esse momento para os músicos?
-Difícil pra todos nós que sobrevive da música. É um momento que todos vamos estar no mesmo lugar. Estamos voltando a estaca zero mas que isso não afete sonhos e nem enfraqueça a fé. Talvez essa fase sirva pra mostrar que nós músicos somos uma nação e nação tem que estar unida, que para sairmos dessa situação muitos terão que descer de seus pedestais e cair na realidade de que somos iguais, nem rico nem pobre ,somos iguais. Agora é a hora.

-Está aproveitando as redes sociais para falar com os fãs também?
-Muito. Nada se compara ao abraço, um olhar, um beijo, mas que bom que temos esse meio de comunicação e que através de uma telinha tão pequena possamos expressar tamanho sentimento uns pelos outros eu amo todos os meus fãs, Leio com muito carinho cada comentário, muitos até me emociono isso me faz ainda mais forte.

-Quais são seus planos para o futuro pós-pandemia?
-Meus planos são pontinhos aos olhos e vontade de Deus (risos). Mas trilho um caminho que é levar música e muita alegria aos meus fãs e não vejo a hora de estar com todos, fazendo o que mais gosto que é cantar e daí por diante as coisas vão fluindo com o decorrer de toda essa parada que tá sendo essa pandemia. Assim desejo que todos estejam com essa mesma ansiedade.
-Deixe uma mensagem para seu público..

Quero encontrar logo todos os meus fãs e amigos e poder dizer o quanto amo todos e o quanto sinto a falta de cada um. Trago sempre comigo um fã por pensamento e sentimento, cada dia uma nova história de cada vez, uma canção, um sorriso meu, uma lágrima, isso tudo faz parte de nossas vidas e vocês fazem 100% parte da minha, que todo esse mal passe bem longe de todos nós pra que possamos normalizar nossas vidas mas também agradecer ao final por que acredito que muitos cresceram, terão ainda mais amor no coração e o nosso novo mundo seja florido.

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