A população não consegue entender que os profissionais receberam qualificação para orientar os passageiros
Desde que foi decretado pelo Governo do Estado o uso obrigatório de máscaras no transporte público coletivo, as empresas prestadoras do serviço em Aracaju e na região metropolitana passaram a conscientizar passageiros e funcionários a utilizarem. Além das barreiras de proteção implantadas por iniciativa das empresas de ônibus nas áreas dos motoristas e cobradores, todos os colaboradores estão trabalhando com máscaras e todos os ônibus estão com adesivos nas portas informando quanto ao uso obrigatório. No entanto, foram registrados nos últimos dias episódios de vandalismo e retaliações aos colaboradores contrariando a conscientização social.
Na noite desta quarta-feira, 06, no final de linha do Marcos Freire 3, um cobrador foi agredido verbalmente por um homem, após orientá-lo que o acesso ao ônibus é exclusivo aos que estiverem com máscara. O agressor chegou a atirar uma pedra contra o ônibus, quebrando o vidro de uma das janelas e atingir de raspão um passageiro. Na manhã desta quinta-feira, 07, no Terminal do Centro da Cidade, um motorista também foi agredido com palavras de baixo calão após advertir um cidadão sobre a obrigatoriedade de uso da máscara.
O Setransp lamenta essas situações e pede a conscientização da população quanto a necessidade de uso de máscara nos ônibus como forma de salvar vidas tanto de quem usa como de quem está por perto. Desde a semana passada, a SMTT, em parceria com as empresas de ônibus, tem distribuído eventualmente máscaras nos Terminais de Integração e as empresas de ônibus estão utilizando os letreiros dos ônibus para fazer o alerta “USE MÁSCARA”, como formas de reforçar a divulgação sobre a importância do uso. Empresas lutam para não demitir – Sobre a prestação do serviço de transporte público coletivo em Aracaju e na região metropolitana, as empresas de ônibus vêm realizando diariamente ajustes na operação, junto com a SMTT e Setransp, na tentativa de evitar concentração de demanda de passageiros em horários específicos. Com a modificação da dinâmica de deslocamento das pessoas, esse ajuste tem sido frequente, como aconteceu mais uma vez nesta quinta-feira, 07.
No entanto, o Setransp reafirma que as empresas estão movendo esforços para não suspender o serviço, haja vista que as condições para manter a operação estão cada vez mais difíceis, próximo ao colapso, diante de uma arrecadação de 26% do habitual do setor e com custos para operação que não caíram na mesma proporção. A soma dos valores recebidos hoje não cobre nem os custos de combustíveis e pessoal. A queda do número de passageiros segue em 72%.
Já foram mais de R$ 11 milhões de perda de receita em um mês, e as empresas de ônibus têm feito todo o possível para manter empregos e assegurar a prestação regular do serviço.