Marcação das filas nos terminais também é feita, mas presidente do Setransp faz alerta: “a conta não está fechando”

As empresas de ônibus do transporte público coletivo de Aracaju adotaram uma nova medida para reforçar as ações de prevenção neste momento de pandemia. Estão sendo instalados painéis de isolamento para o cobrador e do motorista, para proteção contra partículas durante a circulação de pessoas nos ônibus.

A iniciativa surgiu diante da dificuldade que as empresas estavam enfrentando para adquirir máscaras suficientes a todos os seus colaboradores, incluindo uma quantidade extra para suprir a rotina necessária de substituição das mesmas. Motoristas e cobradores elogiaram a medida e o setor estima que em dez dias úteis toda a frota estará com o equipamento.

Também foi reforçada a ação de orientação das filas no embarque. Além dos orientadores que também monitoram os veículos para evitar que os passageiros ultrapassem a lotação máxima de pessoas sentadas, as empresas realizaram a marcação do distanciamento no piso para filas em todos os Terminais de Integração.

Junto a isso, as empresas do transporte da capital seguem reforçando a limpeza geral diária dos terminais e ônibus e a higienização frequente dos mesmos nos horários de repouso. Bem como, advertindo aos colaboradores e passageiros, através de orientações, cartazes e campanhas de mídia, sobre a importância de lavar sempre bem as mãos e, se possível, usar álcool em gel.

Alerta para risco de colapso financeiro – Esses e outros investimentos feitos no combate ao Coronavirus são importantes, mas o presidente do Setransp, Alberto Almeida, fez um alerta quanto ao momento delicado de colapso financeiro do setor de transporte. O período de quarentena já apresenta uma queda de 74,37% do número de passageiros no transporte coletivo de Aracaju e da região metropolitana. De 23 de março a 13 de abril deste ano circularam 964.716 pessoas no transporte, neste mesmo período em 2019, foram 3.763.939.

“Vamos vencer essa luta juntos, mas para isso todos – empresas, gestores públicos e passageiros – precisam colaborar. Nós estamos operando com uma queda de demanda de passageiros pagante muito grande, enquanto que a prestação do serviço não foi reduzido na mesma proporção da redução de passageiros. A conta não está fechando, nem mesmo as principais despesas estão sendo cobertas.  As despesas essenciais como pessoal e combustível representam em média 68% do custo total do sistema. Os trabalhadores do setor de transporte estão na linha de frente junto com outros profissionais também indispensáveis para este momento”, alertou Alberto Almeida.



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