Operação “Correlatos”, surgiu após o Portal da Transparência apontar suposta fraude nos recursos do SUS em Alagoas

Uma operação integrada da Polícia Federal (PF) com a Controladoria Geral da União (CGU) começou a cumprir nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 08, mandados de buscas, apreensão e condução coercitiva nos estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco e no Distrito  Federal. No Bairro Ponto Novo, Zona Oeste de Aracaju, os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão em uma empresa de produtos médico-hospitalares.

A Operação “Correlatos”, surgiu após o Portal da Transparência demonstrar uma suposta fraude nos recursos destinados ao Sistema Único de Saúde em Alagoas, nos anos de 2015 e 2016. Segundo as investigações, o valor pode passar de R$ 237 milhões. Deste valor, o montante de R$ 172,7 milhões foi custeado pela Sesau com recursos oriundos do SUS.

Segundo a Polícia Federal, o crime acontecia a partir da contratação de empresas por dispensas indevidas de licitação, fundadas no valor ou em situações emergenciais. Suspeita-se ainda, que o esquema consistia em fracionar ilegalmente as aquisições de mercadorias e contratações de serviços, de modo que cada aquisição/contratação tenha o valor menor ou igual a R$ 8 mil, no intuito de burlar o regime licitatório. A partir daí, escolhiam-se as empresas a serem contratadas e montavam-se os processos com pesquisas de preços de mercado simuladas, com três propostas de preços de empresas pertencentes ao mesmo grupo operacional ou com documentos inidôneos.

As análises dos quadros sociais das empresas evidenciam a parentela entre elas, demonstrando que ali seria impossível haver qualquer tipo de competição.

As investigações apontam que os gestores da Sesau não conseguiram prever, por exemplo, que seria necessário comprar kits sorológicos, bolsas para armazenamento de sangue, reagentes, cateteres venosos, seringas descartáveis e serviços de manutenção em equipamentos médico hospitalares. No Hemoal (Hemocentro de Alagoas), neste período, foi necessário comprar emergencialmente bolsas para armazenar sangue.

Todos os investigados estão sendo conduzidas à Polícia Federal a fim de prestar declarações e poderão ser indiciadas nas sanções previstas. Cerca de 100 policiais federais e 10 auditores da CGU estão trabalhando para cumprir as referidas medidas judiciais.

Com informações do TNH1.

 

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