A Diretoria de Direitos Humanos (DIDH) da Secretaria de Estado da Inclusão, da Assistência Social e do Trabalho (Seit), irá discutir a consciência negra na perspectiva da mulher, da juventude, da comunidade LGBTQI+ e dos povos e comunidades tradicionais
No dia 20 de novembro é rememorada a morte dos líderes da luta no Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga (Al), Zumbi dos Palmares e Dandara. Marcada como símbolo de luta e resistência, a data é o mote de uma programação, elaborada pela Diretoria de Direitos Humanos (DIDH) da Secretaria de Estado da Inclusão, da Assistência Social e do Trabalho (Seit), para discutir a consciência negra na perspectiva da mulher, da juventude, da comunidade LGBTQI+ e dos povos e comunidades tradicionais.
De acordo com Iyá Sônia Oliveira, referência técnica para Povos e Comunidades Tradicionais da Seit, a programação objetiva promover a articulação entre as referências técnicas e o tema da igualdade racial. “A novidade dessa programação é que nós estamos relacionando a temática racial com as referências técnicas (RTs), então nós estamos fazendo atividades com mulheres negras, juventude negra, a comunidade LGBTQI+, trazendo o contexto racial e as especificidades de cada grupo”, disse.
Desde o início de novembro, as atividades estão sendo realizadas dentro da programação do Mês da Consciência Negra. Entre elas estão a Roda ‘Mulheres Negras, Mulheres que Resistem’, realizada nos Centros de Referência Especializados de Atenção à Mulher (CRAMs) dos municípios da Barra dos Coqueiros, Carmópolis, Poço Redondo, Itabaiana e Comunidade Quilombola Patioba. O Espaço Zé Peixe também abrigará uma parte da programação, com a abertura das exposições Arte N’ África e Orixás do Ilê Axé Obafanidê, lançamento do livro Capoeira Regional – Mestre Puma; apresentações de Capoeira e Maculelê, e dois dias destinados à Virada Jovem, além da Roda de Conversa ‘Bicha Preta, Eu’.
“Fazemos parte de uma sociedade que, a cada dia, vive esse processo de desconstrução necessário da vivência das pessoas, principalmente das LGBTs. Então, discutir as bichas negras, é discutir o recorte de raça, etnia e também de orientação sexual e identidade de gênero, colocando essas pessoas negras que são LGBT em foco, neste momento, e colocar como é vivenciar ser negro e LGBT na sociedade, como é vivenciar diversas questões sociais de discriminação e preconceito”, destacou Adriana Lohanna, referência técnica LGBTQI+ da Seit.
A Seit também apoia a Marcha da Consciência Negra, que será realizada hoje, dia 20 de novembro, às 14h, com concentração sob a ponte Construtor João Alves, no bairro Industrial. “A marcha é uma atividade organizada pelo Fórum de Entidades Negras de Sergipe, formado há um ano, e para coroar esse período e consolidar as nossas atividades, retomamos a realização da marcha, como forma de unificar as análises e ações que envolvem a luta antirracista no estado, contando com a articulação e parceria com diversas entidades e o apoio do Governo de Sergipe”, detalhou Rafael Santos Torres, membro do coletivo negro Beatriz Nascimento e do Fórum.