A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através do Núcleo de Imunização, reforça a importância de seguir pontualmente o Calendário Vacinal em todas as faixas etárias, a fim de evitar doenças e até mesmo o aparecimento de surtos no estado.  O programa de imunização do Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), vacinas para toda a população, desde os recém-nascidos até os idosos. As vacinas são enviadas pelo Ministério da Saúde (MS) e a SES repassa aos municípios, juntamente com as seringas e agulhas correspondentes.

O calendário vacinal infantil no serviço público é vasto e inicia com o nascimento da criança. São 11 tipos de imunobiológicos que protegem contra 17 doenças. “É muito importante se preocupar com o calendário de imunização da criança. A primeira fase de vacinação começa ao nascer e vai até os 15 meses, quando a obrigação da mãe ou responsável, de comparecer a uma Unidade de Saúde, é quase mensal. Depois dos 15 meses, o intervalo passa a ser maior”, diz a gerente de Imunização, Sândala Teles.

Ao nascerem os bebês tomam a BGC e a primeira dose da hepatite b que, normalmente, são dadas na maternidade. Quando é uma maternidade que não presta esse serviço a mãe ou responsável deve comparecer a uma Unidade de Saúde o mais rápido possível, para que o bebê seja imunizado, até mesmo antes de ele entrar em contato com outras pessoas que possam transmitir alguma doença.

“Depois dessas vacinas, aos dois meses, temos a pentavalente que imuniza contra tétano, difteria, coqueluche, hepatite b e hemófilos influenza e a polio que protege contra a poliomielite, conhecida como paralisia infantil. A mesma vacina que as crianças recebem aos dois meses, será repetida aos quatro e aos seis meses, pois, para serem eficazes, são necessárias três doses”, explica Sândala.

Nas Unidades de Saúde estão disponíveis, ainda, vacinas contra a meningite e a pneumonia que a criança recebe aos três meses de idade e precisam de reforço aos cinco meses, como também a que previne a diarreia causada pelo rotavírus, problema que pode se tornar grave caso haja desidratação. “Nós temos uma preocupação muito grande com essa vacina rotavírus porque ela tem um período fechado. Se a criança não for levada à Unidade de Saúde durante o período determinado, ela perdeu a vacina. A mãe ou responsável tem que seguir o esquema completo de vacinação, rigorosamente”, reforça a gerente.

Quando a criança completa um ano, deve retornar à Unidade de Saúde para receber as outras vacinas como, por exemplo, contra a hepatite A, que é dose única, a tríplice viral que protege contra sarampo, rubéola e caxumba e tem duas doses. Hoje há disponível, também, a tetraviral que, além de imunizar contra sarampo, rubéola, caxumba e protege, ainda, contra a varicela.

Segundo a gerente de Imunização, aos 15 meses encerra o ciclo de vacinação e a criança volta aos quatro anos para receber mais um reforço da DTP – difteria, tétano e coqueluche e contra a paralisia infantil que é via oral. “Por enquanto ainda não existe, no Sistema Único de Saúde (SUS), vacina contra hepatite C”, informa.

É importante seguir o calendário mesmo na adolescência, fase adulta, até os idosos. Há vacinas que imunizam com uma única dose, outras com três. “A vacina contra o tétano, por exemplo, precisa reforçar de 10 em 10 anos porque com 10 anos perde-se a imunização e é preciso receber outra dose para continuar imunizado. Muitas pessoas esquecem quando chegam às fases de adolescente e adulto, e a gente ainda vê a doença do tétano no Brasil, que não deveria mais existir, pois essa é uma vacina muito eficaz”, conclui Sândala.

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