No Brasil há uma cultura forte de empreendedorismo entre parentes. Um levantamento feito pelo Sebrae revela que no Brasil há uma cultura forte de empreendedorismo entre parentes. Cerca de 52% das micro e pequenas empresas podem ser consideradas familiares, ou seja, possuem sócio ou empregado com algum grau de parentesco em relação ao proprietário.

Apesar do número expressivo, um outro dado traz preocupação para quem integra esse tipo de empreendimento. De cada 100 empresas familiares abertas e ativas, apenas 30 sobrevivem à primeira sucessão e somente cinco chegam à terceira geração.

Levando em conta esses números e diante das dificuldades que a grande maioria dos empresários encontram, principalmente em relação à falta de conhecimento e ao planejamento da sucessão e profissionalização do negócio, que o Sebrae promove na próxima terça-feira, ás 19h, no Quality Hotel, a palestra “Como administrar a empresa familiar? Sucessão, Conflitos e Profissionalização”.

O encontro será coordenado por Armando Lourenzo, doutor e mestre em administração pela FEA / USP, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA) e da Universidade de São Paulo, além de diretor da Ernest Young University e colunista da Revista Você S/A (versão digital). Lourenzo tem ainda diversos livros publicados sobre o tema e há mais de 25 atua no mercado de sucessão, governança e profissionalização de empresas familiares.

As inscrições para o evento custam R$ 30 e podem ser feitas pelo portal do Sebrae Sergipe, o www.se.sebrae.com.br. Mais informações sobre a palestra também podem ser obtidas pelos telefones (79)2106-7763/7721.

Temas

Entre os temas que serão abordados na palestra estão o cenário das empresas familiares no Brasil e no mundo, como reduzir os conflitos familiares, os principais desafios da sucessão e como profissionalizar estas organizações.

Segundo Armando, uma das principais dificuldades encontradas pelas empresas familiares é justamente a transferência do poder do fundador para seus possíveis sucessores.

“ Para que se tenha sucesso nesse processo é necessário planejamento e profissionalização. A escolha do sucessor deve ser orientada por critérios claros e amplamente divulgada. Ela deve ser planejada desde o início da empresa, poispode constituir um elemento chave para a sobrevivência em longo prazo, sendo muito importante que o próprio empresário fundador ajude a coordenar e planejar o programa de ação”, explica Armando.

Um outro ponto crucial, de acordo com o professor, para garantir a sobrevivência desse tipo de empresa é a profissionalização da gestão.

“Isso envolve a separação dos interesses familiares dos da empresa. Para isso devem ser estabelecidos critérios que irão nortear decisões como a contratação, remuneração e promoção de funcionários, regras de trabalho e níveis para a tomada de decisão. Muitos empresários querem isto, mas não sabem como fazer. O processo é lento e complicado, pois não é fácil tirar parente. O problema não é ele entrar na empresa, é sair”.

Fonte: Sebrae Sergipe

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