Diversos atrativos para sergipanos e turistas estão espalhados pelo berço da história da capital sergipana
O Centro de Aracaju possui grande potencial turístico. Assim como em diversos lugares pelo mundo a fora, é no centro da cidade que a vida histórica de Aracaju se inicia. Neste 17 de março, a capital sergipana completa 164 anos e em um pequeno passeio pela sua região central, é possível conhecer um pouco da sua história, admirar belas paisagens, provar sabores e registrar momentos que só Aracaju pode proporcionar.
Esse mais de um século e meio de existência começou a nascer na Colina do Santo Antônio, e foi neste berço da cidade que os sergipanos puderam ver a sua capital crescer, se desenvolver e atrair pessoas de vários lugares do Brasil e do mundo. A visita ao local vale muito a pena, pois além de conhecer esse marco histórico, é possível ver um dos mais belos cenários da cidade, com uma vista panorâmica que permite visualizar o centro e até mesmo à Ilha de Santa Luzia.
No topo da colina está a charmosa Igreja de Santo Antônio, um local histórico, pois nela aconteceu a Assembleia Provincial que definiu a mudança da capital de São Cristóvão para Aracaju. A igreja construída com traços do século XIX, foi elevada à paróquia em dezembro de 1915 e atrai anualmente centenas de fieis e turistas que vão admirar sua arquitetura gótica.
Descendo a Colina do Santo Antônio e se dirigindo à frente do Rio Sergipe estão os Mercados Centrais, cujo repertório de variedades culturais do nordeste é enorme. “Aqui tem bastante coisa característica da região, fora o habitual que são roupas e artesanatos. Tem um potencial turístico significativo, principalmente para estrangeiros que podem conhecer mais dessa cultura”, observa o turista Edson Ferrônio, natural de São Paulo.
Gastronomia
O turista que anda pelas vielas do mercado pode visualizar o artesanato de diversas formas: cerâmica, palha, tecido, e adquirir produtos variados como redes, brinquedos em madeira, bolsas e muito mais. Além disso, a variedade de opções gastronômicas é significativa. Pratos tipicamente sergipanos, com sabor de comida caseira, fazem o turista sentir que Aracaju é sua segunda casa. “Sempre que venho a Aracaju faço questão de passar pelos mercados. Gosto de ver os objetos em rendas, provar as comidas e curtir um pouco desse ambiente”, afirma a terapeuta paulista Giseli Costa.
Andando mais um pouco pela avenida Ivo do Prado, é possível visualizar o antigo Terminal Hidroviário, que hoje abriga o Espaço Zé Peixe. Inaugurado em maio de 2015 pelo Governo do Estado, o local recebeu um investimento de mais de 1,2 milhões de reais para abrigar o memorial do ícone aracajuano conhecido pelos feitos no Rio Sergipe.
Sua área possui os registros das atividades protagonizados pelo prático que conduzia as embarcações que entravam e saiam de Aracaju, pela boca da Barra do Rio Sergipe. O local conta também com uma vista incrível para o rio, e abriga um tototó, canoa de madeira a motor, que por muito anos foi a principal forma de travessia entre a capital e o município da Barra dos Coqueiros, na Ilha de Santa Luzia. Os tototós hoje são patrimônio cultural dos sergipanos.
Segundo o diretor do Espaço, Paulo Mendonça Souza, o local é um dos mais visitados da cidade, principalmente por escolas e turistas, afinal une a boa gastronomia com um dos cenários mais bonitos do centro. “Diariamente chegam turistas de todo o Brasil. Além do mais, temos uma vista muito bonita, um restaurante muito bom e contamos toda a história de Zé Peixe. É um passeio que vale a pena”, ressalta.
Incentivo do Governo ao Turismo no Centro
A presença do Governo do Estado pelo Centro de Aracaju pode ser sentida em muitos outros locais além do Espaço Zé Peixe. É no centro também, mais precisamente na Praça Fausto Cardoso, que se encontra o Palácio Museu Olímpio Campos, local idealizado na época do Brasil Império para funcionar como sede do Governo do Estado e residência do governador. Hoje o espaço abriga um verdadeiro memorial de toda a história política de Sergipe e é mantido pela gestão estadual.
É na região central também que está o Museu da Gente Sergipana, um dos mais tecnológicos do Brasil e que conta de forma ímpar um pouco de como foi formada a Sergipanidade. O museu recebe em média 80 mil pessoas por ano que saem encantadas com a forma como a história de Sergipe é contada. “Como o nome já diz, “Museu da Gente”, viemos aqui para conhecer a cultura de Sergipe. Achei um lugar muito bonito, aconchegante, organizado, com instalações muito bonitas e cheia de significado”, reconhece a turista Juliana Bruno, de Fortaleza, durante sua visita ao local.
Outro local turístico e essencial para fazer uma visita, é o Centro de Turismo, localizado na praça Olímpio Campos. O local foi reformado pelo Governo do Estado e teve sua reinauguração em fevereiro do ano passado. Foram investidos mais 1,5 milhões por meio do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), no espaço que possui 29 lojas, com comerciantes e também artesãos, além de restaurantes e lanchonetes.
Para os turistas e comerciantes do local a reforma foi muito positiva. “O centro de turismo melhorou muito depois dessa reforma que fizeram. Nós temos opções de lojas excelentes, bons restaurantes, shows de artistas locais nas quartas, quintas, sextas e sábados. Diversidade não falta para quem vier visitar”, menciona Antônio César Viana, proprietário de um restaurante no local.
A reforma também permitiu a inauguração do Memorial do Artista Sergipano, beneficiando os artesãos do espaço. “A potencialidade daqui é muito boa, e com a reforma, ficou melhor que muitos lugares por aí. Quem vem pode encontrar bordados, roupas, artesanatos, bolsas, redes e muito mais”, relata Josefa Oliveira, artesã.
Para o secretário de Estado do Turismo, Manelito Franco Neto, a visita ao Centro de Aracaju é um dos roteiros indispensáveis para quem visita o estado. “A capital sergipana ganha notoriedade a cada ano e o Governo tem intensificado suas ações e parcerias na ideia de fortalecer a promoção do destino, pois Aracaju é o ponto de entrada de muitos turistas que assim que a conhecem querem retornar”, reitera.