Fotógrafo Victor Balde irá participar da expedição da ONG Reviva, voltada à distribuição de água a comunidades africanas
O problema da falta de água potável em diversos países da África tem se tornado a cada dia mais alarmante. Algumas comunidades precisam caminhar cerca de 16km por dia para obter água, e mesmo assim, contaminada. Pensando nisso, a ONG paulistana Reviva irá em expedição a Moçambique no mês de outubro, com um projeto de distribuição de água à população. O fotógrafo sergipano Victor Balde será um dos olhos e mãos envolvidos na viagem.
Para bancar as despesas de sua viagem até Nampula, onde a equipe da Reviva ficará hospedada, Balde organizou uma campanha de financiamento coletivo na plataforma Catarse. A ideia é promover a venda de objetos personalizados, que levam como estampa diversos registros feitos ao longo da carreira do fotógrafo. Os kits incluem canecas, camisas, imãs de geladeira, almofadas e fotografias impressas em fine arte produzidas especialmente para a campanha.
A campanha Moçambique Resiste foi aberta no Catarse no último dia 17, e segue até o dia 9 de setembro. A meta do financiamento coletivo é de R$ 13.221, incluindo os custos da viagem, da produção das recompensas e do repasse da plataforma. A expedição vai de 19 de outubro até 5 de novembro deste ano.
TRABALHO
Balde conta que conheceu a Reviva através do Zons, coletivo integrado por ele que atua na organização de festivais. “Eles desenvolvem ações no lixão Gramacho, no Rio de Janeiro, já fizeram ações em Mariana, após o desastre natural, e tem esse projeto em Moçambique. Assim que os vi anunciando a expedição, enviei mensagem me voluntariando para documentar o trabalho”, conta.
As atividades na expedição se organizarão em duas frentes. A primeira deve atuar na distribuição de água potável, enquanto a segunda se voltará à construção de uma casa que deve funcionar como ponto de educação. “Vamos fazer um minidocumentário, com duração de 10 a 15 minutos. Já temos pessoas responsáveis pela edição e tradução do vídeo para o inglês. Queremos que esse material rode o mundo todo para fazer com que as pessoas se sensibilizem, trazendo algum retorno para o povo de Moçambique”, afirma
O fotógrafo afirma que a ideia de se juntar à expedição vem de sua vontade de documentar projetos humanitários. Balde, que já trabalhou no Projeto Rondon, fotografou os moradores de um assentamento do MST e é voluntário no projeto Estrelas do Mar, está em processo de lançamento de um documentário sobre a tribo alagoana Kariri-Xocó.
Para os que quiserem contribuir com a campanha Moçambique Resiste, o valor mínimo de contribuição é de R$ 10, com recompensas para quantias a partir dos R$ 50.